sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sub Tucano

Essas declarações de Freire a Karol Garcia e a nota de Antonio Carlos Maximo reforçam o que provavelmente deverá ser o caminho do PPS em MT. Com certeza vão estar no palanque de Serra e na provincia qualquer amor vale a pena. Até as convenções tem muito chão a ser percorrido.

Freire insiste em PPS junto com PSDB

Da Agência Pauta Pronta

Defensor da dobradinha “Serra-Aécio” para a disputa presidencial deste ano, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, afirmou em entrevista, via microblog Twitter, nesta quinta-feira que a tendência do PPS apoiar a candidatura do tucano Wilson Santos, prefeito de Cuiabá, na disputa ao Governo do Estado Mato Grosso tem crescido em função do apoio em âmbito nacional do PPS ao PSDB.
“Existe essa tendência, mas não creio que esteja decidida essa aliança com o Wilson Santos”, postou Freire quando questionado sobre linha a ser adotado pelos socialistas em Mato Grosso.
Atualmente existem duas correntes dentro do PPS, uma que defende Santos ou que prefere caminhar com Mauro Mendes, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso e pré-candidato pelo PSB. Inclusive, o presidente do PPS no Estado, deputado estadual Percival Muniz, foi quem praticamente lançou a candidatura de Mendes.
Por meio do Twitter, Freire é um dos que mais distribui o manifesto pela chapa Serra/Aécio, encabeçado pelo poeta Ferreira Gullar. Com isso, de acordo com Freire, será natural em Mato Grosso o apoio socialista ao tucano, caso se confirme a candidatura de Wilson Santos ao Governo do Estado, já que o prefeito de Cuiabá tem disputado espaço com o senador democrata Jayme Campos.
O manifesto enaltece sobremaneira os governadores de São Paulo e Minas Gerais, José Serra e Aécio neves, respectivamente, apontando que “nos cargos públicos que ocuparam, e ao longo dos anos, deram demonstração de competência, vocação pública e de compromisso com mudanças. Para dirigir o Brasil não precisam apresentar credenciais, já estão prontos, pois são o resultado do que tem de melhor a experiência política nacional nos últimos 20 anos”.
Ainda conforme o Manifesto, a chapa “também simbolizaria a união de dois grandes estados - São Paulo e Minas Gerais - para a construção de um novo pacto federativo, reclamado pelas regiões e demais estados brasileiros”.
Karol Garcia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Padrão Etico

"...fica em xeque o padrão ético de militantes de esquerda que desembarcaram em Brasília em 2003 para salvar o país."

Essa frase pinçada do editorial do jornal O Globo do dia 25/02/2010 expressa o que considero como a face mais perversa e cretina do pensamento consevador brasileiro. Nela está contida, quase que explicitamente, a ideia de que os militantes de esquerda formam um bloco homogeneo com um proposito politico tambem homogeneo. Impermeavel e consistente como uma rocha dura. Um bloco monolitico sem contradições. É verdade que parte significativa da esquerda participa de uma concepção messianica, salvacionista da sociedade. Será que existia mesmo essa expectativa de que um governo de esquerda poderia salvar o pais. Isso para alem da retorica e do entusiamo do momento da vitoria. Quem com um minimo de lucidez ousaria imaginar que um governo de esquerda seria formado por uma legião de homens e mulheres acima do bem e do mal, compondo um padrão etico que "salvasse" o pais. É melhor acreditar em contos de fada.

Ciro vai disputar o governo de São Paulo

Por essas declarações reproduzidas abaixo é pouco provavel que Ciro não vá disputar o governo de São Paulo. O argumento de que sua candidatura pode ser uma exigencia do projeto nacional é simplesmente irretocavel. E não tenho duvida se de fato se consolidar essa aliança de 11 partidos ele terá tempo de televisão, militancia e apoio politico o suficiente para fazer um estrago na hegemonia eleitoral do PSDB paulista. Pode até ser que não seja eleito mas seguramente a disputa em São Paulo tomará um rumo imprevisivel.

Manoel F V Motta


Enviado por Severino Motta -

do blogdonoblat

24.2.2010
13h31m
Ciro admite desafio de disputar governo de SP
Da Reuters/Brasil Online, em O Globo:
O deputado Ciro Gomes (PSB) afirmou nesta quarta-feira, pela primeira vez de forma enfática, que poderá concorrer ao governo de São Paulo, apesar de manter sua disposição de disputar a Presidência da República.
"De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (de disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo, eu não titubearia em ir", afirmou Ciro a jornalistas.
Ele ponderou, no enquanto, que um cenário em que seja forçado a concorrer em São Paulo é "quase impossível" e um "exagero".
As declarações foram feitas após reunião com dirigentes de partidos da base aliada do governo convocada para discutir seu futuro político. Representantes de PT, PDT, PCdoB e do PSB paulista disseram a Ciro que uma aliança potencial de 11 legendas poderia sustentar sua eventual candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Um discurso para a História

O discurso de Lula na comemoração dos trinta anos do Partido dos Trabalhadores merece tratamento de documento historico. Sua evolução e consolidação como liderança democratica e popular dessacraliza a organização do qual é um dos fundadores e faz avançar um projeto de governo que articula diferentes forças sociais e politicas.
Quem como eu viveu os anos da ditadura respeita e valoriza e muito sua passagem pelo governo

Do Blog do Noblat

Enviado por Severino Motta -
19.2.2010
22h26m
Lula: Quem quis acabar com PT, hoje está se acabando
Em seu discurso nesta noite, no 4° Congresso Nacional do PT, Lula lembrou os 30 anos do partido e disse que em momento como o de 2005, quando estourou a crise do mensalão, muitos tentaram acabar com a sigla, mas, hoje, são os críticos que estão se acabando.
“Até compreendo o ódio de alguns que tem do PT. Diziam: Vamos acabar com essa raça, com esse bando. E aqueles que queriam acabar estão quase acabando”, disse Lula, acrescentando que ninguém acaba com um partido que “fincou raízes indestrutíveis no Brasil”.
Durante o discurso, Lula ainda brincou com os militantes petistas e disse que hoje não iria falar sobre a ministra Dilma Rousseff. O ato está reservado para amanhã quando sua missão é “convencer [os petistas] que Dilma é a candidata”.
Em cerca de 20 minutos de fala, Lula também pregou a política de alianças. Lembrou das derrotas que teve e destacou que só venceu eleição quando o partido montou um amplo leque, mesmo com a reclamação de correntes internas.
“Lembro quando tentaram vaiar o José Alencar, hoje é nosso herói nacional”.
O presidente também disse que essa luta das correntes internas do partido foi o que permitiu seu crescimento. E que essa fórmula deve ser exportada para partidos de esquerda ao redor do mundo.
Mundo, alias, que deve ser seu objetivo ao sair da presidência. O líder petista quer, a partir de 2011, trabalhar pela integração da América Latina e da América do Sul ao continente africano.
Segundo ele, é preciso que dirigentes sindicais e presidentes de partido intensifiquem o contato com líderes de outros países. Somente com a integração, disse, será possível enfrentar os problemas sociais e de infra-estrutura que barram o desenvolvimento.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Comparável e o Incomparável

O sociologo Marcos Coimbra vem sem duvida fazendo as melhores analises politicas das pesquisas das eleições de 2010. Sua interpretação do desenho da disputa feita seguindo os movimentos dos seus principais atores é quase incontestavel. Nele o papel de Lula é posto com uma clareza impressionate. Vale a pena seguir o que ele vem escrevendo.

Manoel F V Motta

deu no correio braziliense

O comparável e o incomparável

De Marcos Coimbra:
Alguém imagina que Lula quer fazer, na eleição deste ano, uma guerra com Fernando Henrique em torno de números sobre o desempenho de seu governo? Que o plebiscito que persegue há tanto tempo consiste nisso, uma batalha de estatísticas de performance governamental?
Quem acha que é isso que Lula quer, se engana. Não é essa a eleição para a qual ele se prepara desde o fim de 2007, quando sua popularidade cresceu ao ponto de tornar possível que não só escolhesse sozinho quem representaria o governo na eleição, como que sua indicada tivesse boa chance de vitória.
O plebiscito que ele imaginou para vencer um candidato tão forte quanto José Serra é diferente. Nele, pode ser até necessário passar pela comparação do que fizeram os dois governos, área por área, política por política. Mas sem permanecer nesse plano, de resultados objetivos cotejados com resultados objetivos.
Lula, amplo conhecedor do eleitor brasileiro (não fosse ele calejado por oito experiências de buscar seu voto, contando apenas as candidaturas presidenciais, nos dois turnos que disputou), sabe que é ínfima a proporção de pessoas que escolhem assim seu candidato. Aliás, não é pequena apenas no Brasil, mas no mundo inteiro (países desenvolvidos incluídos), a parcela do eleitorado que opta em função de cálculos desse tipo.
Em primeiro lugar, é sempre pequena a fatia da população que se interessa por questões político-administrativas. Ainda menor é a que compreende estatísticas e raciocínios cheios de números, porcentagens e coisas do gênero. Um discurso sobre o tema, recheado com elas, entedia até o eleitor escandinavo.
Em segundo, o cidadão comum olha com cautela todo número que não entende bem. Nem que seja intuitivamente, sabe que as estatísticas podem dizer qualquer coisa, dependendo de quem as apresenta. Não há prefeitura, governo de estado ou administração federal que não desfile seus números para provar que faz tudo certo, assim como não há oposição que não exiba os dela para demonstrar o inverso.
Como o eleitor não confia inteiramente em ninguém e não tem elementos próprios para saber de que lado está a verdade, prefere, na maior parte das vezes, ignorar o bombardeio que sofre. Os números entram por um ouvido e saem por outro.
Mas o mais importante é que os eleitores que se interessam por essas comparações e que têm os requisitos de informação para compreendê-las são os que menos estão disponíveis para o proselitismo dos candidatos.
Eles costumam ser mais politizados, mais bem informados e mais posicionados em termos partidários e ideológicos. Por isso, costumam se definir eleitoralmente mais cedo e tendem a permanecer indiferentes ao discurso dos candidatos ao longo da campanha, pois já resolveram o que vão fazer.
Hoje, há lulistas e antilulistas entre essas pessoas e, se existe, uma minoria insignificante de eleitores “neutros” e disponíveis para a argumentação puramente racional. Seu impacto na eleição é irrelevante.
Na verdade, o plebiscito de Lula nunca foi em favor de si mesmo ou de Dilma. Nem, a rigor, contra Fernando Henrique. É apenas contra Serra.
O presidente sempre soube, ouvindo as pessoas, usando seu instinto, lendo as pesquisas, que a grande maioria do eleitorado está satisfeita com o governo e quer a continuidade.
Também sabe que Dilma não está em discussão por si mesma e que a imagem do ex-presidente vem piorando com a passagem do tempo. Só por isso pensou fazer um plebiscito em que o governador fica como representante de FHC e ela dele.
Nesse embate, importa pouco (ou nada) qual foi o governo que fez mais isso ou aquilo. Qual asfaltou mais, construiu mais, educou mais e assim por diante. Lula já ganhou o plebiscito com Fernando Henrique. O que ele apenas quer agora é que os eleitores estendam a Serra o julgamento que fizeram de FHC.
Não é por outra razão que Serra não quer nem saber do assunto. Comparar (para defender) Fernando Henrique contra Lula não é com ele.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Implicações políticas de fragilidades econômicas

Fatos como o que esta envolvendo o vereador por Cuiabá, Toto Cesar, acusado por uma ex-companheira de receber irregularmente durante anos os benefícios do programa bolsa família, mostra como fragilidades econômicas fragilizam politicamente lideranças populares. É pena ver lideranças populares, como ele, fragilizadas por uns trocados de uma bolsa família. Ainda que tenha consciência de que do lugar econômico e social de onde vêm os trocados de uma bolsa família fazem diferença.
E aqui não vem muito ao caso saber se ele foi beneficiado ou não. É a justiça quem esta habilitada para isso e não quero desempenhar esse papel. Não cabe aqui julgar se ele recebeu ou não os benefícios. A minha analise do fato é política e não tenho duvida o estrago político já está feito. E esse é um estrago que não atinge apenas individualmente o vereador, mas as lideranças populares que trilham análogos ao seu.
Eleito primeiro suplente pelo PRTB assumiu o mandato como vereador na Câmara de Cuiabá por força da cassação do vereador Ralf Leite de seu partido. Até então o parlamentar sobrevivia como milhões de trabalhadores desse país à custa de um salário mínimo. É evidente que essa condição não justifica possíveis transgressões por parte de quem quer que seja. Muito menos de quem recebeu um mandato popular.
Sua trajetória política é semelhante ao de milhares de lideranças populares desse país. Inteligentes, quase sempre com habilidades artísticas, se destacam pela sua capacidade de se articular não só com sua comunidade, mas com setores mais amplos da sociedade. Esse tipo de perfil acaba quase que naturalmente desaguando na política. Para o bem ou para mal. É o caso do vereador Toto Cezar.
Sua eleição sendo parte de certa cultura política que ainda insiste em afirmar que vota na pessoa independente do partido, que vota seduzida por comportamentos inusitados (no caso de Toto Cezar em sua campanha andando de bicicleta) e por convincentes apelos morais. Com isso a cada eleição elegendo uma ou outra liderança com características muito semelhante as suas.
Esse entendimento despolitizado do voto acaba levando ao parlamento personalidades que vão servir interesses na maioria das vezes completamente descoladas dos interesses populares. Comprometidos com projetos políticos dos quais quase sempre está na contramão de quem os elegeu.
Cuiabano nascido nos anos setenta sua história pessoal confunde-se com a história das grandes transformações pela qual passou sua cidade. São jovens como ele que fundam aquilo que se costuma chamar a periferia das metrópoles. As dificuldades sociais e econômicas que enfrentaram não se distinguido das de qualquer outro jovem da periferia das grandes metrópoles brasileiras. É muito provável que ele tenha tido dificuldades em seu processo de escolarização, de empregabilidade e pra variar foi precocemente pai de uma criança.
Fragilidades econômicas que implicam em fragilidades políticas como esta envolvendo o vereador não contribui para o empoderamento político dos trabalhadores. O jovem trabalhador que deu seu voto para o Toto Cezar, e não importa a razão por que votou, e toma conhecimento das acusações que lhe estão sendo atribuídas passa a ter uma imagem na melhor das hipóteses muito negativa da liderança popular que conquistou um mandato no parlamento municipal.
Episódios como o protagonizado pelo vereador não colaboram para a formação de uma consciência política voltadas para os interesses do lugar social de onde saem essas lideranças. Lamento mas lamento mesmo o imbróglio em que está metido. Assistir esse processo de fragilidade política de uma jovem liderança popular nascida da dinâmica social da periferia é do ponto de vista político e pedagógico um momento de negação da educação política da juventude da periferia. O que esta acontecendo com Toto Cezar é ruim para o movimento social, é ruim para a democracia

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Serra faz campanha no Galo da Madrugada

O processo eleitoral é implacavel com os candidatos. Para ser visto por milhões de pessoas o candidato tem que se submeter a situações nada confortaveis. Participar do Galo da madrugada o bloco que abre o carnaval de Recife é uma delas. Refem de marqueteiros o candidato se presta a encenar as mais inusitadas caras e bocas. Passear no meio da multidão e tirar foto com a bandeira de Pernambuco no calor escaldante do verão pernambucano é pra la de mico. O pior e o inusitado nisso tudo é que a estrela por aqui é Dilma, confortavelmente sentada ao lado do governador de Pernambuco Eduardo Campos. Acertada a aliança com o governador os votos aqui são dela. Provavelmente esse breve factoide não mudará em nada o desempenho eleitoral de Serra em Pernambuco
MFVMotta

Serra passa no teste do Galo da Madrugada
Do blog do Jamildo:
O tucano andou sob um sol escaldante, ao som de uma apropriada música de Almir Rouche, no meio da multidão do Galo da Madrugada, por cerca de meia hora.
Uma ou outra pessoa perdida gritava que era Lula ou Dilma, mas nada que tivesse criado constrangimento ao presidenciável tucano.
Momentos antes, o senador Sérgio Guerra brincava com a iniciativa, quando perguntado sobre os próximos passos da campanha. “Vamos descer lá embaixo, andar no meio do povo. Esses são os próximos passos”.
No palanque, a passagem do político causou uma pequena confusão, com a profusão de repórteres e cinegrafistas, na sua escolta.
Levado pelo marqueteiro Antônio Lavareda, Serra subiu numa passarela sob a avenida e pousou para fotos com um chapéu com a bandeira de Pernambuco.
No meio de uma grande confusão, ainda deu para ouvir o governador de São Paulo dizer que a sua visita não tinha conotação política e que ele estava achando muito gostoso ver a manifestação popular.
“Se fosse campanha, eu estaria pedindo votos”, afirmou.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Desqualificar Dilma: equivoco da oposição

Uma candidatura a presidencia é resultado de muita, mas muita articulação politica. Ninguem teu seu nome colocado se não tiver uma trajetória que lhe credencie. Bobagem essa historia de querer desqualificar a candidata do governo como alguem inexpressiva enfiada goela abaixo pelo presidente LULA. Eleita a ministra Dilma será o primeiro quadro que participou da luta armada que chega ao topo do poder republicano no Brasil.

MFVMotta

Inútil correr

Do Blog do Alon:
O PSDB envereda pelo caminho de desqualificar Dilma Rousseff. Se persistir nele, é certo que quebrará a cara. Todos os principais candidatos a presidente são políticos qualificados. Têm experiências políticas e administrativas distintas, e só. Ninguém chega a uma candidatura presidencial por um grande partido, ou um grande movimento (caso de Marina Silva), sem antes passar por testes duríssimos.
Outro mito espalhado na praça é que Dilma foi imposta goela abaixo ao PT por Luiz Inácio Lula da Silva. É só uma parte da verdade. A explicação inteira deve incluir que o PT gosta de Dilma, por duas razões básicas: o partido a vê à esquerda de Lula e acredita que terá sobre ela uma ascendência maior do que tem hoje sobre ele.
Essa segunda hipótese precisará ser comprovada na prática, caso a ministra da Casa Civil vença a eleição. De todo jeito, PT e aliados estão confortáveis com Dilma na corrida presidencial. Não estariam se a vissem como alguém frágil, sem personalidade.
E uma última observação. Dilma já mostrou que se sai bem em situações marcadas por alta taxa de agressividade na disputa. Foi assim, por exemplo, no confronto verbal com o senador José Agripino (DEM-RN), quando teve que ir ao Congresso falar sobre o dossiê.
A oposição dá a impressão de tergiversar para fugir do debate programático. É inútil, porque alguma hora ela terá que dizer o que vai fazer se chegar ao governo do Brasil.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mudança e Continuidade

É muito provavel que o tom da campanha governista seja esse expresso pela liderança do PT na camara. Para o bem ou para o mal a orientação é marcar o carater governista de continuidade. Nada de mudança. Tudo indica que o governo que ser julgado e confia que o julgamento popular será positivo. Isso para que seja dado continuidade ao seu projeto. O governo tem uma pauta e luta para que essa pauta seja mantida. E a oposição qual sera a pauta de mudanças que ela vai propor?

Manoel F V Motta

Do blog do Noblat

Enviado por Severino Motta -
11.2.2010
13h03m
Vaccareza: Serra é o candidato errado pela segunda vez
Do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), em entrevista coletiva concedida em Brasília agora há pouco:
- Em 2002 o [governador José] Serra foi o candidato da continuidade quando o povo queria mudança. Agora ele vai ser o da mudança quando o povo quer continuidade.
- Vamos comparar os oito anos de FHC com os oito anos de Lula. E comparar [a ministra] Dilma [Rousseff] com Serra. No governo Lula, ela é a principal ministra, e Serra teve destaque no FHC. Foi ministro do planejamento, estava nas privatizações, foi ministro da saúde e senador.
- A oposição precisa apresentar seu programa de governo. Há muitos problemas de gestão [no governo paulista]. Basta ver a segurança, a falta de investimentos, a situação da educação. Isso sem falar nas enchentes.
- Se Serra não for candidato ele vai criar um transtorno muito grande para a oposição.
- [O deputado] Ciro [Gomes - PSB] eu respeito muito e ele me disse que não vai ser candidato ao governo de São Paulo. Se quiser ser a presidente ele tem o direito.
- Não vamos esconder a Dilma só porque ela é pré-candidata. Seria hipocrisia (...) Se é candidata não pode mais sair de casa? Tem que sair para trabalhar e para inaugurar obra.
- A oposição sabe que está usando [as representações reclamando de propaganda eleitoral antecipada de Lula e Dilma] para fazer campanha. Acho que os ministros do TSE vão ficar chateados com isso. Pois chega lá e eles negam. Todos sabem que a Dilma e o Serra não estão usando os cargos para fazer campanha.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ainda o ENEM

Ao que tudo faz crer os resultados do ENEM não foram catastróficos como previam seus críticos mais severos. Tampouco se pode afirmar que se obteve um resultado que modificou em profundidade o perfil dos que estão ingressando no sistema federal de ensino superior. Agora de uma coisa pode-se estar certo tudo indica que está sendo iniciado um processo de mudança, que ai sim, provavelmente terá efeitos no perfil daqueles que vão ingressar nas universidades e institutos federais nos próximos anos.
Superadas as dificuldades iniciais desse primeiro exame é hora de avaliar os resultados e debater em profundidade essa iniciativa ousada do MEC em mexer no atual modelo de exames para ingresso nas instituições federais de ensino superior. É necessário ressaltar que o ENEM não é uma panacéia que vai resolver à questão da democratização do acesso a universidade. Ele apenas esta propondo substituir um modelo de acesso por outro abrangente e com alcance nacional.
Não foi por acaso que as principais insatisfações contra o ENEM tenham partido de empresários da educação encastelados em preparatórios para o atual modelo de vestibular. É compreensível que tenha partido deles um dos principais focos de resistência, pois vêem ameaçados de ruir da noite para o dia suas estruturas montadas ao longo de quase quatro décadas. Eles têm razão em considerar que a implantação do exame nacional, no tempo em que esta sendo feito, não lhes permitiu saltar do modelo antigo para o novo. É evidente que as famílias que investiram tempo e dinheiro nesses preparatórios ficaram apavoradas com as mudanças. Até então durante anos se viam recompensados com a aprovação de seu garoto ou de sua garota nos concorridíssimos vestibulares do sistema federal de ensino superior , valendo portanto todo o investimento financeiro e afetivo.
Ao que tudo indica o projeto do ENEM desmancha todo esse velho castelo de areia. Essas grandes estruturas preparatórias de fato foram pegas de calças curtas e vão ter que se adaptar as mudanças se quiser sobreviver. Nada contra empresários da educação bem sucedidos, afinal foram eles que compreenderam as mudanças que ocorreram no modelo de vestibular no inicio dos anos setenta do século XX e passaram a oferecer preparatórios eficientes que de fato levou durante décadas milhares de jovens as universidades. Acredito que logo, logo estarão adaptados oferecendo para as camadas e classes que buscam formação, em suas instituições, conteúdos adequados aos novos tempos. Acredito até que logo vão oferecer a possibilidade do estudante escolher em que estado irão realizar seus cursos Essa eventual choradeira inicial, no meu entendimento, não chega a contribuir de maneira relevante para o debate sobre o ENEM.
Por outro lado não dá para considerar com seriedade como um argumento relevante que o processo democrático e legal de realização de uma ação legitima de governo constitua uma “pratica autoritária”. Excluído a “palavra de ordem” da implantação autoritária, levantada por setores do movimento docente e por correntes do movimento estudantil e que não teve maiores repercussões, o processo de implantação do ENEM seguiu as regras republicanas para realização de qualquer ação de governo. Pode-se afirmar ainda que a opção pelo ENEM recebeu aprovação majoritária dos conselhos de praticamente todas as universidades federais envolvidas. Alem disso a proposta do ENEM teve o apoio do movimento estudantil secundarista e da União Nacional de Estudantes.
Continuo considerando que a principal questão, a questão que avalio substantiva nesse debate é o fato de que o ENEM esta se propondo como um exame nacional para ingresso no sistema federal de ensino superior e como referencia para financiamento de vagas pelo Estado em instituições de ensino superior da rede particular. Portanto é nessa questão que deve se centrar o debate.
Outra questão também posta por essa primeira experiência é a da natureza da avaliação. Nessa primeira versão buscou-se seguir uma lógica de avaliação que segundo os seus formuladores favoreceriam aqueles que receberam uma formação no ensino médio qualitativa, menos mecânica e burocrática. Essa orientação tornando a disputa mais democrática o que abriria mais possibilidades ao estudante das escolas publica.
Todos os indicadores mostram que houve uma adesão em massa aos exames. Os índices de não comparecimento foram irrelevantes mesmo considerando-se os percalços surgidos com o adiamento das provas. A correção do exame obedeceu a prazos razoáveis e os resultados foram processados com rapidez. A tendência é que o exame nacional se consolide e que mais universidades federais utilizem o ENEM como critério principal para ingresso em seus cursos.
O ENEM é uma experiência ousada, bem sucedida.
Manoel F V Motta

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ENEM - O impacto sobre os cursinhos

Um dos setores mais insatisfeitos com a implantação do exame nacional para ingresso no sistema federal de ensino superior é o setor dos cursinhos preparatorios para vestibulares. Durante anos eles ajudaram jovens de classe media a entrar nas principais universidades federais desse pais. Não foi por acaso que eles estavam a frente dos setores que pediam que o ENEM não fosse implantado esse ano. Essa materia publicada no jornal do comercio revela exatamente o que eles temiam. Para eles estava evidente que não tinha como mudar a logica de preparação para um exame que apontava para um outro tipo de avaliação bem diferente do que vinha trabalhando até então.

MFVMotta

Da pagina de Economia do Jornal do Comercio

O cursinho foi reprovado

Publicado em 06.02.2010
Agora que os resultados do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) viram passaporte carimbado para o ingresso em pelo menos 51 universidades públicas do País, os donos da indústria de escolas de ensino privado se perguntam com será possível sobreviver a partir do evento quando os alunos treinados em suas salas de aulas não conseguiram as melhores colocações das universidades de seus Estados. E o mais grave: a maioria nem sequer conseguiu vaga.
Não foi apenas o sistema de acesso à universidade pública que mudou. Isso se deu no começo do ano com a elevação da importância do Enem pelo governo Lula. O que foi para o espaço esta semana foi o modelo de negócios em que ancora a indústria cujo faturamento é estimado em R$ 45 bilhões em 2008 e que simplesmente não podem mais garantir aos alunos de seus Estados a perspectiva de uma aprovação no topo da lista. Na verdade, eles já não podem mais nem oferecer a perspectiva de aprovação.
A pergunta é dramática para as empresas de ensino pois, a partir desta segunda-feira, milhares de país e alunos vão acordar se perguntando se vale apenas investir tanto dinheiro e esforço se a prova do Enem pode classificar um aluno de um outro Estado. E o que a escola vai dizer ao seu freguês diante de resultados tão pífios se comparados com os do ano passado. Tem mais: como ficará a moral dos alunos da rede pública que, nos últimos anos, chegavam às universidades públicas graças ao reforço gratuito dadas por professores cuja motivação era provar que o aluno da escola pública ainda podia sonhar com um diploma. E sem ter que recorrer às cotas.
» Escolas reconhecem desafio
O diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco, José Ricardo Diniz, reconhece que as escolas estão diante de um desafio e terão que reavaliar seu planejamento e estratégia de negócios quando o ano letivo já começou. Ele admite que os resultados obtidos vão suscitar uma série de debates porque o Enem tornou a disputa nacional. Ele adverte para os reflexos que o modelo terá nas universidades criadas no governo Lula, cujo foco era gerar novos pólos universitários no interior do País.
» Regionais
A questão das regionais é, certamente, a que mais provoca dúvidas. Instituições como a Univasf já não asseguram que os alunos residentes na região terão a chance de cursar uma universidade pública. Ou qual é o compromisso que um aluno emigrante terá com a região.
» Vocações
O governo Lula criou 13 novas universidades, cujo foco era abrir oportunidades e descentralizar a graduação, além de formar alunos em cursos com as vocações da região. O Enem mostrou alunos migrando para campus em cidades que nunca ouviram falar.
» Resultado ruim
No caixa das escolas privadas os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) podem provocar um efeito devastador. Instituições que criaram suas marcas e montaram estruturas educacionais em função dos resultados nos exames das universidades locais já sabem que a safra 2010 não foi tão boa.
» Competição
O negócio terá que ser revisto. O aluno sabe que não disputa mais na cidade. Isso significa disputar não com três, mas com três mil. Na UFPE, pela primeira vez entre os 10 melhores, não tem um aluno de Medicina. O que dizer aos pais que investiram pesado para levar o filho a uma federal do Estado?
Cotas
reduzem
chances
O sistema deve provocar mudanças de abordagem, também, em relação às cotas. Além de disputar a vaga nacionalmente, o aluno de escola privada está vendo que só poderá disputar metade das vagas federais.
Competir
com rede
pública
Na prática, isso quer dizer que a diferença entre as notas poderá tornar a vaga inacessível. Além disso, as cotas poderão levar para universidades alunos da rede pública de outro Estados, desestimulando os alunos locais.
» Faturamento
O negócio cursinho virou um negócio bilionário, que evoluiu para escolas de segundo grau e universidades particulares. Os dados disponíveis revelam que ele é estimado em R$ 45 bilhões/ano. Mas o foco e toda a estratégia de marketing é para a competição no mercado local.
» Concentração
O novo cenário pode levar as grandes empresas a ter abordagens nacionais para competir nacionalmente. Megaredes com o discurso de aprovação em todos os Estados. E nesse caso, as empresas de Estados menores terão menos chances de aprovar seus alunos.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes: as dificuldades das parcerias politicas com o PT

Lidar com seus parceiros sempre foi uma das maiores dificuldades do PT . Provavelmente devido a influencia exercida por uma de suas matrizes sociais e politicas: o pensamento social catolico pós vaticano segundo. A politica foi revestida de uma dimensão moral que fazia com o militante do PT se considerasse acima do bem e do mal. Essa postura é muito boa quando o adversario está fora do campo democratico. Foi o caso dos quadros da ditadura em seu ocaso. E quando o adversario está no campo democratico tenta-se empurra-lo para fora dele. Exemplo disso foi a palavra de ordem contra Arraes - "Pinochet de Pernambuco". Leviana e arrogante. Oito anos de um projeto bem sucedido de governo mostra o quanto os parceiros são fundamentais. Ciro tem razão, o projeto para ter continuidade é necessario parcerias solidas, negociadas. A adesão não pode ser automatica.

MFVMotta

Deu no blog do Noblat

Do blog do Jamildo:
O presidenciável Ciro Gomes disse agora há pouco, no Recife, depois de encontro com o governador Eduardo Campos, presidente do PSB, que o diferencial dele em relação à ministra Dilma é que ele é mais experiente do que a mãe do PAC.
"Isto se deve a minha experiência municipal, estadual e nacional e a circusntâncias políticas, mas não quer dizer que eu seja melhor do que ela".
Ciro também disse que apreendeu com os erros que cometeu e que esses erros fazem parte de uma experiência que Dilma não tem, numa referência à falta de experiência da ministra em eleições majoritárias.
Na entrevista que concedeu agora há pouco, Ciro Gomes afagou Lula, mas aproveitou os holofotes para bater no PT, mesmo que de forma dissimulada.
"O PT tem alguns cacoetes. Como a vocação hegemônica e a lógica de esmagar toda as forças a ele assemelhadas. Arraes e Brizola já experimentaram isto".
No Estado de Pernambuco, em 1989, os petistas chamavam o exgovernador Miguel Arraes de Pinochet de Pernambuco. Hoje, são aliados do neto no atual governo Eduardo.
"Mas isto não quer dizer que não sejamos parceiros. E parceiro não é aquele que diz amém"
Em outra farpa contra o PT de Lula, o ex-ministro da Integração Nacional disse que os aliados não são bem tratados.
"O PT está acostumado a tratar os seus parceiros como bucha de canhão. O PC do B é um exemplo. O partido é feito de gato, rato e sapato e hoje não tem direito de influenciar em nada. Queriam muito fazer isto com o PSB, mas Arraes nunca deixou. Queriam fazer com o PDT, mas o Brizola também nunca deixou."
"O PSB tem moral e independência para dizer o que é bom e ruim neste governo, sem que Ciro ninguém nos confunda com banda fisiológica, clientelista, adesista que está no governo, fruto do êxito do presidente Lula".
"E ninguém nos confundirá", acredita.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eleições 2010: O Cenario de Janeiro

Essa avaliação do sociologo Marcos Coimbra é uma analise lucida do cenario politico de janeiro mostrados nos resultados das pesquisas sobre tendencia do voto para as proximas eleições. O embate esta so começando e pelos dados do mes de janeiro ele não favorece a oposição. Não tenham duvidas Lula vai lutar muito para viabilizar seu projeto eleitoral : eleger a ministra Dilma sua sucessora na presidencia. E se possivel no primeiro turno

MFVMotta


Do Blog do Noblat

deu no correio braziliense

O Cenário de Janeiro

Janeiro terminou cheio de boas notícias para Lula, pensando no seu projeto principal, aquele ao qual dedica seu melhor esforço: dar a vitória a Dilma em outubro.
Nas duas pesquisas nacionais divulgadas nos últimos dias, os resultados são-lhe todos favoráveis: sua popularidade subiu, sua candidata melhorou, o principal adversário parou ou retrocedeu um pouco, aumentou a tendência à polarização.
A primeira foi feita pela Vox Populi entre os dias 14 e 26 e a segunda pela Sensus, entre os dias 25 e 29, as duas em janeiro. Nelas, não há nenhum resultado que surpreenda pelo ineditismo, tudo sendo coerente com o panorama que outras pesquisas, feitas no correr de 2009, já apontavam.
Elas apenas mostram que a passagem do tempo está contribuindo para provocar a situação desejada pelo presidente.
Ambas testaram duas hipóteses nas perguntas de intenção estimulada de voto, uma com e outra sem o nome de Ciro Gomes. Nos dados da Vox, Serra continua liderando, mas com vantagem significativamente menor.
Com Ciro na lista, Serra tem 34% e Dilma 27%, ele 11% e Marina 6%. Sem, Serra sobe para 38%, Dilma fica com 29% e Marina com 8%. Na Sensus, Serra teria 33% e Dilma 28%, ficando Ciro com 12% e Marina com 7%. No outro cenário, Serra 41%, Dilma 28% e Marina 10%.
Olhando para o que tínhamos há alguns meses, as mudanças são grandes. Não faz muito tempo, Serra reunia, sozinho, intenções suficientes para vencer a eleição em primeiro turno, ao fazer mais que a soma de seus oponentes.
Nessas pesquisas, mesmo no cenário sem Ciro, a possibilidade parece remota.
A dianteira de Serra sobre Dilma foi o que mais mudou. Na pesquisa anterior da Vox, feita em meados de dezembro, sua vantagem passava de 20 pontos percentuais, que se reduziram a 7% ou 9% agora.
Algo parecido acontece nos dados da Sensus, embora sua pesquisa anterior seja de novembro: a diferença entre os dois iria de 5%, com Ciro na lista, a 13%, sem ele.
O encurtamento da vantagem do governador em relação à ministra já tinha sido constatado em outras pesquisas feitas em dezembro. O Datafolha, por exemplo, havia indicado uma queda de 21 para 14 pontos entre agosto e o final de 2009, depois dela ter estado em 25% alguns meses antes.
As duas pesquisas concordam que a candidatura de Ciro se mantem em um patamar entre 10% e 15%, mais perto do limite de baixo que de cima dessa faixa. E ambas mostram que Serra é quem mais se beneficia da retirada de Ciro das listas, pois é quando seu nome delas consta que Serra se sai pior.
É fácil se confundir na interpretação desses resultados, deles deduzindo que “Dilma precisa de Ciro”. Trata-se, no entanto, de um equívoco, que decorre de não se considerar o nível de conhecimento muito desigual que ainda há entre os candidatos.
Serra e Ciro são os únicos que muitos eleitores conhecem, pois disputaram eleições nacionais, coisa que nem Dilma, nem Marina fizeram. A proporção dos que nunca sequer ouviram falar nelas permanece perto de 35%.
Quando essas pessoas consideram listas onde estão os nomes dos dois, optam, na maioria das vezes, por um ou outro. E, quando um sai, pelo que resta.
Ou seja, não é que “Ciro tira mais votos de Serra que de Dilma”, apenas que quem não conhece (ainda) Dilma ou Marina tende a ir para Serra quando só resta ele de conhecido. Isso fica aritmeticamente claro nos dados da Sensus:
Dilma permanece exatamente igual nos cenários com e sem Ciro, mostrando que, quando ele sai, ela não ganha (por enquanto) nem um ponto.
À medida, no entanto, que avançar o conhecimento das duas, o que vai acontecer mais rapidamente de agora para frente, esse efeito se reduzirá. Aí sim será possível falar alguma coisa sobre a transferência de votos de Ciro (ou qualquer outro candidato) para os demais. As pesquisas de agora nada dizem sobre esse fenômeno.
Com Ciro parado e Marina sem dar mostras de crescer, outro dos projetos de Lula para as eleições está se materializando. Tudo indica que teremos a polarização que ele sempre buscou, um embate PT vs. PSDB já no primeiro turno, em que ele tudo fará para que os eleitores confrontem seu governo ao do antecessor.
Ajudando a entender seus resultados eleitorais (e o que permitem antever), as pesquisas mostram que Lula sobe mais um degrau em um tipo de popularidade que não conhecíamos em nossa experiência como país democrático.
Há tempos se sabe que ele tem, atualmente, uma avaliação positiva quase consensual, mas é sempre surpreendente constatar que ela continua a melhorar. No final de janeiro, segundo os dados da Vox, 74% dos brasileiros achavam seu governo “ótimo” ou “bom”, ou seja, 3 em 4 pessoas. Como outros 20% consideram o governo “regular”, restam 6% para reprová-lo.
Com uma insatisfação desse porte, podemos ter uma ideia do tamanho do desafio que aguarda Serra.

Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Crime de Opinião

Fico espantando com a capacidade de se apequenar que tem algumas personagens do cenario politico em nosso Estado. Durante anos essas personagens realizaram uma escalada social, politica e principalmente economica possibilitadas pelas generosas oportunidades geradas pelo desenvolvimento do Estado de Mato Grosso. Hoje vejo em tristes episodios como o que esta sendo vivenciado pela editora do blog Prosa&Politica a minha querida amiga Adriana Vandoni o quanto eles não estavam a altura do que alcançaram em suas trajetorias. A democracia é construida no exercircio da tolerancia e no livre exercicio da critica. Resista.

MFVMotta

Porque Pagot quer minha prisão

Adriana Vandoni

Desde dezembro de 2008 que Luis Pagot, diretor do Dnit, tenta me processar. Primeiro foi uma interpelação judicial, que a juíza extinguiu antes mesmo de ter audiência. Na época ele fez o seguinte: Um jornal local, daqueles que circulam apenas em gabinetes, pegou um post meu, colocou outro título e publicou. Na interpelação judicial, Pagot queria que eu explicasse a frase que o jornalista tinha colocado no título. Obviamente que eu não tinha como responder por ato de outro, que eu nem conheço. Aliás, a primeira vez que ouvi falar no tal jornal foi através da ação.
Pois bem, em janeiro de 2009 a juíza, a mesma Flávia Catarina, extinguiu a interpelação. Nesse mesmo mês Pagot entrou com a queixa-crime. Como vocês poderão ler na ação, ele me responsabiliza até por um artigo escrito pela Ruth de Aquino, diretora da Revista ÉPOCA no Rio de Janeiro. É mole? Me responsabiliza por escrever matérias opinativas com base em relatórios do TCU, sem, repare bem, sem apurar. Veja, o TCU faz uma auditoria, publica o relatório e eu, antes de escrever, tenho que apurar os dados. Francamente!!! Esse cara acha que sou polícia.
Continuando. Em julho de 2009 aconteceu a audiência de conciliação, obrigatória antes de aceitar ou não a queixa-crime. Dela participaram além de mim e de Pagot, a juíza Flávia Catarina e o promotor de justiça e DJ Marcos Regenold. Por quase três horas eles tentaram me convencer de não ser processada, em troca, primeiro eu teria que me comprometer a não mais escrever “jocosamente” de Pagot, o promotor abriu meu blog durante a audiência e entre uma conversa e outra no MSN, ele leu alguns textos e chegou à conclusão que eu escrevo de forma “jocosa”. Sem acreditar no que estava escutando, pedi que fizessem uma lista de termos “jocosos”. Não conseguiram.
Depois veio a trágica proposta de enviar à Pagot tudo que escrevesse sobre ele, para sua prévia aprovação ou não. Obviamente eu até ri da idéia. Por fim a juíza perguntou se tinha ou não acordo. Respondi que não, pois se eu aceitasse qualquer proposta, estaria assumindo os crimes que Pagot diz que cometi e que a única forma de provar que não sou criminosa, é levando este processo adiante. Vamos num tribunal ver quem mente e quem pratica atos criminosos.
Portanto, estou tranqüila, sei o que escrevo, assumo minhas opiniões, não invento, não oculto meus atos, nem uso terceiros para fazer por mim. Minha vida é limpa e transparente. Nunca fui acusada de ímproba, e nunca vivi dependendo do dinheiro público.
Na época Pagot escreveu em alguns jornais de MT, que o processo era para servir de exemplo a quem falasse dele e para para defender a sua honra, aviltada por mim. É mole? E pelo Brasil inteiro, suponho.
Pois bem, escrevi naquela mesma época e repito hoje: não tenho medo de Pagot ou de quem quer que seja, que venha ele e uma tropa inteira de Pagots, porque se tem uma honra aviltada aqui, é a minha e da população brasileira, que paga os impostos que lhe pagam o salário, para ter serviço deficiente e infraestrutura precária. Ele sim, tem a nos explicar, nos prestar conta. Nós bancamos suas regalias e continuamos vítimas em potencial dos buracos das estradas brasileiras.
Agora um recadinho a Pagot: meu anjo, eu já tinha até me esquecido de sua existência, lembrava apenas quando seu nome aparecia em relatórios do TCU ou da Polícia Federal, mas como o processo continua, terá em mim uma atenta observadora dos atos do homem público, que trabalha com o dinheiro do povo e deve explicação.

Dilma supera Serra na espontanea

Esse talvez seja o dado mais interessante da pesquisa CNT/Sensus divulgado nesse inico de semana. Ele mostra o provavel carater plebiscitário das proximas eleições apontado por Lula ja faz algun tempo. Esse deve ser um dado que certamente as chamadas pesquisas qualitativas devem vir apontando desde o ano passado. Esse cenario independente do desejo da oposição ou do governo é o que cada vez parecer ser o que objetivamente vem sendo desenhado. Nesse momento em que o governo tem uma avaliação positiva é quase uma obviedade que ele favorece uma candidatura governista. Daqui pra frente esses indices da espontanea ganham cada vez mais importancia.

MFVMOTTA

Do blog do Noblat
Enviado por Severino Motta -
1.2.2010
11h27m
Empate técnico com Dilma à frente de Serra na espontânea
A ministra Dilma Rousseff aparece ligeiramente na frente do governador José Serra na modalidade espontânea da pesquisa CNT/Sensus.
A ministra conta com 9,5% das intenções de voto, contra 9,3% de Serra. A situação se configura num empate técnico entre os dois possíveis candidatos devido à margem de erro de 3 pontos percentuais da pesquisa.
Na modalidade espontânea não há uma lista de candidatos à disposição do entrevistados. O Instituto Sensus somente pergunta em quem o eleitor votaria se as eleições fossem hoje.
Na lista, Lula, mesmo não podendo concorrer ao terceiro mandato, aparece em primeiro lugar com 18,7% das intenções de voto.
Aécio Neves (PSDB) está em quarto com 2,1%, depois aparece a senadora Marina Silva (PV), com 1,6% e por fim Ciro Gomes (PSB), com 1,2% das intenções de voto.

Lula aprovação de 81,7%

Do blog do Noblat

Enviado por Severino Motta -
1.2.2010
11h25m
Aprovação de Lula chega a 81,7%
A 100ª rodada de pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte ao Instituto Sensus (CNT/Sensus) revelou um leve crescimento na avaliação positiva do governo e na popularidade de Lula.
Na rodada anterior, divulgada em novembro, 78,9% dos brasileiros aprovaram o desempenho de Lula, considerando-o ótimo ou bom. Agora, a aprovação está em 81,7%.
O recorde de aprovação de Lula foi em janeiro do ano passado, quando ele alcançou 84%.
Cresceu também a avaliação positiva do governo. Em novembro, ela era de 70% (ótimo + bom). Agora é de 71,4%.
Dos entrevistados, 22% avaliaram o governo como regular. Em novembro foram 22,7%.
Outros 5,8% avaliaram o governo como negativo. Em novembro foram 6,2%.
A CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios das cinco regiões brasileiras entre os dias 25 a 29 de janeiro de 2010. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.