quinta-feira, 2 de maio de 2019

Líder feminina destaca tempo de reflexão e luta por mais justiça e dignidade humana


Luzia Nascimento: “As camadas marginalizadas sentem na pele e na alma as consequências de um sistema perverso” – Foto: Varlei Cordova/agoramt

 
Aliar a esperança com a luta para promover e construir uma nova realidade, onde o trabalho seja reconhecido pelo seu valor e as pessoas possam desfrutar de condições mais dignas de sobrevivência. Com esse pensamento, a líder feminina rondonopolitana Luzia Aparecida do Nascimento faz uma análise da situação atual da classe trabalhadora, destacando principalmente a necessidade da valorização da mulher no mercado de trabalho, segmento ainda marginalizado, inclusive em relação a sua remuneração.
De acordo com Luzia, ao longo das últimas décadas foi possível perceber sinais de progresso em termos de igualdade de gênero no mercado de trabalho. “Ainda assim, permanece uma grande diferença entre homens e mulheres em termos de oportunidade e qualidade de emprego”, acrescentando que esse quadro de desigualdade precisa ser debatido e combatido para que haja mais justiça e dignidade às mulheres no mundo do trabalho. “Sem falar no fato que ela tem outras jornadas além do ambiente de trabalho”, assinala
Para Luzia Nascimento, o Dia do Trabalhador em 2019 não é motivo para nenhuma comemoração e sim de reflexão, em função do quadro desesperador em que o Brasil se encontra, com mais de 14 milhões de desempregados e outros tantos milhões em situação degradante de sobrevivência humana. “Infelizmente, a situação ainda é pior para a população negra e mulheres, que enfrentam problemas adicionais de conceitos e pré-conceitos, transformando a luta por sobrevivência um verdadeiro desafio”, enfatiza.
A articuladora social pondera que, infelizmente, essa narrativa não é uma tese de sua autoria e sim uma situação que está escancarada para todos verem. ” Quem é vítima de todo este processo perverso sente na carne e na alma suas conseqüências. As imagens do cotidiano e todos os números de pesquisas oficiais mostram esse quadro desigual, que marginaliza e escraviza seres humanos em pleno século 21″, afirma Luzia Nascimento.
Matéria publicada no site LupaNews.com.br


Projeto Memória da Constituiçao de Rondonópolis.

 
Cartilha de divulgação dos trabalhos da constituinte publicada na época.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Projeto de memória vai resgatar os 30 anos da Constituição de Rondonópolis



Em 2020 vai completar 30 anos da promulgação da Constituição de Rondonópolis, que foi elaborada pelos parlamentares constituintes da época. Para marcar o aniversário, o professor doutor Manoel Motta está lançando um projeto de memória, que vai ser realizado pelo Instituto Caburé, com o objetivo de registrar esse momento histórico para o município, resgatando todo o processo de formação do Parlamento Municipal em 1990 bem como os trabalhos de elaboração, discussão, votação e promulgação da Constituição de Rondonópolis. O projeto de memórias dos 30 anos da Carta Magna do Município, que rege sua vida política e administrativa, está sendo lançado neste dia 5 de abril e seu prazo de execução será de 12 meses. O Instituto Caburé já estabeleceu parcerias para a coleta de depoimentos e registro fotográfico e em vídeo dos personagens responsáveis pela produção da Constituição Municipal, sendo que alguns atores desse processo já estão sendo entrevistados para relembrar o momento histórico na vida política e administrativa de Rondonópolis. De acordo com Motta, o fato de estar suplente de senador também é determinante para a realização desse trabalho, em função da Constituição ser a Carta Maior que rege o município. “Queremos valorizar e fortalecer o trabalho e a dedicação política dos parlamentares que ajudaram a escrever essa história” salientou. De acordo com Manoel Motta, o projeto tem por objetivo registrar os 30 anos da Constituição, ressaltar sua importância para a vida de Rondonópolis e destacar a participação dos protagonistas da elaboração das normas que regulam as relações e atividades de todo o conjunto físico e humano existente no município. “O projeto tem um prazo de execução de 12 meses e será realizado a partir do mês de abril de 2019 até o mesmo mês de 2020, quando se completa os 30 anos da atual Constituição Municipal de Rondonópolis. Nesse período, serão coletadas entrevistas, depoimentos e produzidos diversas modalidades de mídia para registrar e eternizar o trabalho de quem fez e faz parte da história”, enfatiza o professor


lupanews.com.br

 

 


 

quarta-feira, 13 de março de 2019

Professor Manoel. Motta diz que massacre na escola de Suzano reflete banalização do Mal




O professor doutor Manoel Motta, fez uma breve análise sobre a tragédia que se abateu sobre a cidade de Suzano na manhã desta quarta-feira, quando dois adolescentes abriram fogo contra trabalhadores e estudantes de uma escola. De acordo com Motta, que também é suplente de senador, a instituição “escola” sempre, para o bem ou para mal, está no centro do debate ideológico.
Conforme o professor, agora o debate se materializa em violência nesse massacre na escola em Suzano no Estado de São Paulo. “O que antes se resumia a discussão da existência ou não da mamadeira de piroca, kit gay, doutrinação de ideário de esquerda e da reivindicação de militarização da relações pedagógicas, da escola sem partido e da opção das famílias se responsabilizar pela educação fundamental das crianças em casa, é tragicamente objetivado em violência e morte”, ponderou.
Manoel Motta, que é pós doutor em Filosofia, afirma que, infelizmente, essas explosões de violência não lhe surpreende. “É a violência dos valores do lumpesinato (camada social carente de consciência política),  circulando livremente na sociedade civil e no Estado. Parece que estamos vivendo tempos de “banalização do mal”, como diria Hannah Arendt (filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX)”, parafraseou

O professor doutor Manoel Motta, fez uma breve análise sobre a tragédia que se abateu sobre a cidade de Suzano na manhã desta quarta-feira, quando dois adolescentes abriram fogo contra trabalhadores e estudantes de uma escola. De acordo com Motta, que também é suplente de senador, a instituição “escola” sempre, para o bem ou para mal, está no centro do debate ideológico.
Conforme o professor, agora o debate se materializa em violência nesse massacre na escola em Suzano no Estado de São Paulo. “O que antes se resumia a discussão da existência ou não da mamadeira de piroca, kit gay, doutrinação de ideário de esquerda e da reivindicação de militarização da relações pedagógicas, da escola sem partido e da opção das famílias se responsabilizar pela educação fundamental das crianças em casa, é tragicamente objetivado em violência e morte”, ponderou.
Manoel Motta, que é pós doutor em Filosofia, afirma que, infelizmente, essas explosões de violência não lhe surpreende. “É a violência dos valores do lumpesinato (camada social carente de consciência política),  circulando livremente na sociedade civil e no Estado. Parece que estamos vivendo tempos de “banalização do mal”, como diria Hannah Arendt (filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX)”, parafraseou

Texto publicado em www.lupanews.com.br

sábado, 1 de dezembro de 2018

O fim do feriado de 20 de Novembro em Mato Grosso e o racismo institucional



                
      Hoje logo ao acordar pela manha me levantei como costumeiramente faço preparo o café da manha e enquanto faço isso vou lendo os “zaps”, o jornal e dando uma rápida olhada pelo facebook. Qual minha surpresa ao ver os comentários tensos e entristecidos das pessoas comentando sobre um despacho da Secretaria de Serviços Legislativo da Assembléia Legislativa do Estado de MT que de tão traiçoeiro não leva se quer o nome do autor mas vem assinado como: Lideranças Partidárias. Lideranças Partidárias? Quais meu senhor? Quais são as lideranças que assinaram esse despacho?

             Um projeto de lei de nº: 310/2018, protocolado no dia 14/11/2018 exatamente no mês da consciência negra. Esse projeto de lei quer nada mais nada menos do que alterar a lei 7.879, de Dezembro de 2002, data essa em que negros e negras brasileiros celebram, comemoram o aniversário de nosso grande líder, nossa grande referencia  Zumbi dos Palmares, portanto, Dia da Consciência Negra. Afirmo, esse infortunado projeto de Lei quer tirar dos negros e negras mato-grossenses o feriado de 20 de Novembro. Justificativa: “ o feriado influenciaria a rotina   das cidades afetando diversos setores econômicos, com o fechamento do comercio e de prestadores de serviços, causando prejuízos e impedindo a comercialização dos produtos e a realização dos serviços no feriado.” Muito bem. Quantos feriados têm ao longo do ano? Quantos feriados estão relacionados com as referencias dos negros e negras que foram escravizados? explorados e que construíram este país com sangue, suor e lagrimas? Pasmem meus senhores dos mais de 12 feriados anuais apenas um  é dedicado as reflexões  acerca do sofrimento do povo negro que por sinal são mais de 60% da população deste país e por incrível que pareça nenhum outro feriado esta incomodando nossos nobres parlamentares, apenas o da consciência negra por que será? Dizer que dos mais de 12 feriados ocorridos ao longo do ano só o 20 de novembro causa prejuízos, chega a ser uma afronta ao povo negro. Podemos provar que isso não é verdadeiro. Enquanto mulher negra vinculada a uma instituição que luta contra o racismo e pela igualdade racial não posso me calar diante de tamanha exclusão e demonstração de racismo por parte de quem deveria nos defender e nos representar.

            A indignação dos povos negros deste Estado é tão grande quanto a perversidade deste projeto, somos um povo historicamente excluído, marginalizado. O dia da Consciência Negra é fruto de muita luta e até de muita humilhação de quem o defendeu. Hoje alguém chega propõe a retirada desta data tão significativa para nós e ainda subestima nossa inteligência com uma justificativa tão frágil  que não se sustenta de forma alguma. Chega a nos envergonhar.

                  Não posso acreditar que nossos parlamentares, todos nossos representantes irão compactuar com um absurdo desse, com uma afronta desta para população negra deste Estado e justamente no mês da consciência negra quando deveríamos receber boas noticias, deveríamos comemorar políticas de Promoção da Igualdade estamos lamentando e lutando para assegurar um direito sonhado, desejado e conquistado a duras penas pelos negros e negras deste Estado. 

Rondonópolis, 27 de Novembro 2018

Luzia aparecida do Nascimento
Presidente da Unegro Pantanal Rondonópolis
Conselheira da CEPIR/MT