sexta-feira, 25 de abril de 2014

ENTREVISTA DA SEMANA / TERRA SANTA Professor relata ida de missão brasileira à Palestina Clique para ampliar Manoel Motta, cientista social, filósofo e educador, integrou a delegação que foi prestar solidariedade à luta dos palestinos contra a opressão israelense no Oriente Médio Por João Negrão Da Reportagem DF Na semana passada, uma Missão de Solidariedade composta por brasileiros professores, sindicalistas e jornalistas, desembarcou na Cisjordânia, um dos dois territórios da Palestina, ocupados pelo estado de Israel. Um dos participantes da missão é Manoel Francisco de Vasconcelos Motta, professor de Filosofia da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), doutor em Filosofia da Educação, que representou a Federação Nacional dos Professores das Universidades Federais do Brasil (Pró-IFES). Nesta entrevista exclusiva ao portal Brasil Notícia, Manoel Motta fala sobre suas impressões da viagem: Brasil Notícia– Professor, fale sobre a missão e sobre sua impressão ao chegar à Cisjordânia? Como está a situação hoje dos palestinos, depois de 66 anos de dominação de Israel, tantas guerras e toda a opressão que sofreu e, imagino, ainda sofre aquele povo? Manoel Motta – Fomos em uma missão de apoio à Autoridade Palestina, em razão de que ela está em processo de articulações de apoios internacionais para consolidar a organização do estado palestino. É bom lembrar que a Palestina vive hoje ocupada pelo exército de Israel, que tem uma política de assentamentos no território palestino e esses assentamentos têm investimento muito grande por parte do estado de Israel e também um apoio bélico muito grande por parte do exército à produção nesses territórios. Neste sentido, o que está acontecendo lá na Palestina é uma situação de ocupação militar por parte de Israel. Brasil Notícia– Vocês estiveram só na Cisjordânia ou foram também à Gaza? Manoel Motta- Nós não estivemos na Faixa de Gaza. Nós fomos só na Cisjordânia, em Ramallah, em Jericó e em Jerusalém. Foi uma missão onde a gente, além de visitar os governadores dessas cidades, e fomos também recebidos pelos ministros do Interior, das Relações Exteriores, do Esporte e da Saúde da Autoridade Palestina, e pelo comando da força pública Palestina, inclusive recebido para um almoço com o Comando da Autoridade Militar da Palestina. Participamos também de uma visita a uma das comunidades brasileiras na Palestina. Existem colônias de brasileiros palestinos lá. Visitamos também a Fundação Yasser Arafat e lá depositamos uma coroa de flores no túmulo dele. Foi uma viagem bastante intensa e de uma importância política muito interessante, que deu uma visão do que está acontecendo na Palestina, o praticamente a mídia brasileira não mostra e só conta o que estado de Israel divulga. Foi interessante ver de perto, conviver com todas as situações vividas pelos palestinos, que não são só as dificuldades, mas com as conquistas que Autoridades Palestina está realizando, apesar da ocupação. Um dado interessante que observamos nesta visita é o fato de que há um processo de institucionalização do aparelho de estado da Autoridade Palestina. Você vê as instituições funcionando em quase todas as áreas, de saúde, na economia, de segurança... Você vê que há um processo de institucionalização e agora a crise mais recente foi exatamente porque Israel mais uma vez não cumpriu o compromisso de conter os assentamentos ilegais e a retaliação do estado palestino foi solicitar a entrada em organismos internacionais. Então, vamos dizer assim, a política, principalmente a do Fatah [principal partido da OLP (Organização de Libertação da Palestina) que dirige a Autoridade Palestina] é de resistência pacífica e de institucionalizar cada vez mais o aparelho do estado Palestino. Brasil Notícia - Como está a situação do povo hoje? Manoel Motta - Eu fiquei muito surpreso, porque mesmo com todas as dificuldades da ocupação do território, que gera uma resistência muito grande por parte do Fatah, há uma perceptível mudança no quadro econômico. Você vê que há um certo tom desenvolvimentista, uma dinâmica empreendedorista muito grande. Eu acho que a paz permitiu muito disso, apesar de todas as dificuldades há uma certa dinâmica da economia local. Por exemplo, 80% da água - e isso numa região árida é uma questão estratégica - que está em solo palestino é controlada por Israel. A Autoridade palestina gerencia apenas 20% da água que está sendo utilizada para a agricultura... Brasil Notícia - E o problema dos assentamentos de judeus, continua? Manoel Motta - Este é talvez o problema mais grave, porque Israel tem insistido na consolidação dos assentamentos dentro do território palestino, investindo inclusive bastante na construção de casas e projetos de agricultura irrigada e os assentamentos hoje têm uma produção bastante razoável. Hoje uma das grandes lutas, e que a comunidade internacional apoia esta luta palestina, é o boicote aos produtos produzidos pelos assentamentos israelenses na Palestina ocupada. Brasil Notícia – Mesmo não visitando Gaza deu para sentir de lá da Cisjordânia a situação em Gaza? Manoel Motta - Em Gaza a situação é muito grave, muito séria. Fala-se inclusive que o cerco Israelense a Gaza é de uma crueldade que lembra os campos de concentração do nazismo. Fala-se em um processo inclusive de genocídio mais ou menos programado, porque todas as rotas de abastecimentos, de ajuda internacional, tudo isso tem sido impedida de chegar à população de gaza. Brasil Notícia - Por causa do Hamas [partido radical que dirige a resistência na Faixa de Gaza]? Manoel Motta - Não é só por causa do Hamas, até porque o Hamas também hoje está próximo dessa política de paz do Fatah. A grande, vamos dizer assim, organização política hoje que tem maior peso lá é o Fatah. O Hamas ainda tem maior peso político na Faixa de Gaza, mas é uma luta, vamos dizer assim, estratégica do estado de Israel de isolar a Faixa de Gaza. Um modo de fazer com que esses territórios se dobrem à política de Israel e a população vai sendo vencida por essa política de garroteamento da economia, vamos dizer assim, da possibilidade de apoio internacional. Mas o próprio Hamas já não está mais empenhado no confronto armado. Há uma certa consciência, um certo sentimento, de que a resistência armada se torna cada dia mais difícil, principalmente a crise na Síria, com o fechamento de alguns assentamentos na Jordânia e alguns apoios que os palestinos perderam, principalmente o Hamas, de alguns estados árabes, de fornecimento de armamento, de munição e logística mesmo militar. Isso fortaleceu o Fatah, que hoje discute uma saída política para a consolidação e o fortalecimento da Autoridade Palestina.
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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Relatos da Missão à Palestina

Lejeune Mirhan * Semana passada, por estar na Palestina, não escrevi a coluna semanal. Volto agora à mesma e trato de apresentar um relatório resumido do que lá fizemos, os aspectos positivos e debilidades que encontramos e as perspectivas de mais missões solidárias à Palestina. Ir à Palestina hoje talvez seja das tarefas da solidariedade mais importantes da atualidade. Sabemos que muitos povos e países precisam da solidariedade internacionalista, mas tenho convicção de que o povo que mais precisa é o palestino. Eles vivem a mais antiga ocupação militar que a humanidade conheceu nos tempos modernos. São 66 anos que serão completados mês que vem. Nosso atual Comitê Palestino é herdeiro do Comitê que fundamos em 1982 em SP quando ocorreu, sem setembro desse ano, o famigerado massacre de Sabra e Shatila. De lá para cá, ele sempre viveu altos e baixos. Quando ocorrem massacres de palestinos, ele retoma, quando votam à “rotina” com a ocupação israelense, ele praticamente desaparece. Esta experiência que vivemos é a mais longa e estável dos últimos 32 anos. E esperamos que siga dessa forma. Não só pelas quase 80 entidades aderentes – entre elas as trinta maiores do país de todos os segmentos sociais –, mas pelo fato de que nunca em menos de três anos realizamos tantos eventos. E, entre esses eventos, destacam-se três missões de solidariedade, que levaram à Palestina em torno de 40 pessoas. Faço aqui, um breve relato desta nossa 3ª Missão de Solidariedade. Integrantes da 3ª Missão: Ângela Maria de Souza Vitor – Servidora da Universidade de São Paulo (aposentada) e da Força Sindical; Antônio Marsicano de Miranda – Diretor do Sindicato dos Comerciários do ABC e da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo. Representa a Força Sindical; Antônio Victor – Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Sertãozinho; Diretor da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo e Secretário Adjunto de Relações Internacionais da Nacional da Força Sindical; Beatriz Bissio – Socióloga, Escritora, Jornalista, Doutora em História, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Chefe do Departamento de Ciência Política e ex-editora da revista Cadernos do Terceiro Mundo e escritora; Manoel Francisco de Vasconcelos Motta – Professor de Filosofia da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT, Doutor em Filosofia da Educação, nesta Missão representante da Federação Nacional dos Professores das Universidades Federais do Brasil – Pró-IFES; Marcelo Melo de Lima – Engenheiro Eletrônico da empresa Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS; Nair de Faria Miranda – Comerciária da Força Sindical; Thea Rodrigues – Jornalista do Portal Vermelho e Mestre em Conflitos Internacionais; Thomas Henrique de Toledo Stella – Historiador pela USP, Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp, professor de Relações Internacionais da UNIP e Secretário Geral do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz – Cebrapaz. Quero destacar aqui a presença de quatro professores, dos quais dois doutores de universidades federais. Uma delas, em particular, quero mencionar. Trata-se da Drª Beatriz Bissio, da UFRJ, que foi fundadora e editora por 35 anos do histórico Cadernos do Terceiro Mundo. Fui colecionador e tenho encadernado todas as edições brasileiras (ele surgiu em 1974 no exterior) desde 1979. Tive orgulho de viajar com Beatriz, que já a conhecia de outras época, companheira de décadas do saudoso Neiva Moreira. Beatriz não só qualificou a Missão, mas demonstrou amplo conhecimento da causa palestina, além de dominar vários idiomas com fluência. Partidos Políticos da OLP com quem mantivemos reuniões: Fatah (organização do presidente Abbas e de Yasser Arafat); Frente Popular de Libertação da palestina – FPLP; Frente Democrática de Libertação da Palestina – FDLP; Frente de Luta Popular; Partido do Povo Palestino (Comunista); Frente Árabe-Palestina, e Iniciativa Nacional palestina, totalizando sete partidos da Organização; Órgãos de Governo da Autoridade Palestina: estivemos com os ministros da Saúde, dos Esportes, da Defesa (equivalente); Organizações da Sociedade Civil; Agricultura (vice); Educação (vice). Estivemos com o comando da Guarda Nacional, que organizou demonstração específica para a delegação brasileira com esportes militares; Organizações populares e de massa: fizemos reuniões com a juventude palestina, com a maior organização de mulheres palestina, a União Geral das Mulheres Palestinas; com a União Geral dos Trabalhadores Palestinos (GUPW na sigla em inglês, a maior central sindical do país e filiada à FSM) e mais 10 sindicatos, envolvendo advogados, professores, escritores, economistas e diversos outros setores; Reunião com o prefeito de Betúnia: fizemos reunião com o prefeito Ribhi Dola e seu vice, Saed Nassar. Nessa localidade residem muitos brasileiros, onde almoçamos com cerca de cem pessoas, na maioria brasileiros. Mais de 10 vereadores fizeram-se presentes ao almoço. Na parte da tarde, presenciamos um desfile de banda escolar e de escoteiros e posteriormente a delegação brasileira plantou uma oliveira no Dia da Terra (30/3). Fomos homenageados em festa popular com mais de 200 pessoas, com muita música, poesia, dança. A delegação brasileira presenteou o Clube Betúnia com um jogo completo de camisa de futebol, conseguido por Antônio Marsicano de Miranda, da Força Sindical. O prefeito pediu-nos que fizéssemos projetos em cidades brasileiras para que tornassem cidades-irmãs de Betúnia, cidade bíblica; Reuniões com Governadores: reunimo-nos com os governadores palestinos de Jericó e de Jerusalém (Oriental e árabe, onde ficam os pontos sagrados para os cristãos); Cidades Visitadas: conhecemos ao todo cinco cidades, a saber: Ramallah (considerada hoje a capital administrativa da Palestina), Jericó, Belém, Jerusalém e Betúnia; Aldeia visitada: fomos à aldeia milenar (mais de cinco mil anos) de Nabih Saléh onde conhecemos a experiência da resistência Não-Violenta da família Tamimi. Nessa localidade, a delegação brasileira, com os palestinos, foi agredida pelo exército de Israel com bombas de gás lacrimogênio e de pimenta. Assistimos, ao vivo, a tática da resistência juvenil, que enfrenta o que é considerado o quarto maior exército do mundo; Locais considerados sagrados que visitamos: Conhecemos as Mesquitas Al Aksa e de Omar, ambas situadas na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. Visitamos a Igreja do Santo Sepulcro e o Gólgota em Jerusalém, bem como a Igreja da Natividade que fica em Belém. Em Jerusalém, visitamos ainda o seu bazar e mercado que são milenares. Registramos que em Jerusalém, nós visitamos o bairro de Sheik Jarash, onde judeus ortodoxos vêm tomando casas de palestinos pouco a pouco; Mausoléu e Fundação Arafat: visitamos e fizemos oferendas florais no túmulo-monumento de Yasser Arafat, fundador e presidente da OLP. Visitamos também a Fundação Yasser Arafat que preserva todo o seu legado pessoal; Muro da Vergonha: conhecemos e passamos em várias localidades onde existe o chamado Muro da Vergonha, construção de oito metros de altura e 800 quilômetros que divide a Palestina e protege colônias israelenses na Cisjordânia; Embaixada brasileira na Palestina: fomos recebidos e nos deu total apoio e suporte, o embaixador do Brasil na Palestina em Ramallah, Paulo Roberto França. Esteve com a delegação no primeiro dia de nossos trabalhos, na sexta-feira dia 27 de março e almoçou conosco no dia seguinte junto com as autoridades palestinas; Universidade de Birzeit – conseguimos agendar uma visita ao campus da mais antiga Universidade palestina (que é privada e pública ao mesmo tempo, fundada em 1924). Possui mais de 20 mil alunos matriculados. Estivemos com vários professores e o vice-reitor para assuntos acadêmicos; Visita ao Hospital Central de Ramallah e Plantio de Oliveiras – A delegação brasileira visitou o maior hospital da Palestina, onde foi recebido pelo seu diretor geral. Nessa mesma localidade, contribuiu simbolicamente no plantio de quatro oliveiras no dia da Terra, 30 de março. Na localidade onde isso foi feito é na verdade um túmulo coletivo de 15 homens e mulheres palestinas que morreram no hospital quando Israel cercou ao hospital de 2001. Como Israel não permitia que os corpos saíssem de lá para serem enterrados, eles foram enterrados ali mesmo, nos jardins do hospital; Entrega de Jogos de Camisas – Antônio Marsicano, em nome da Força Sindical e do CEP entregou ao Ministro dos Esportes da Palestina, dois jogos de camisas completos e duas bolas de futebol oficial; Jantar na cidade de Kobar – Fomos recebidos em uma das noites pela família brasileira Latif e Rabah. O evento reuniu muitos brasileiros que moram nessa cidade, administrada pelo PPP; Agradecimentos – Ao final de nossa matéria onde relatamos a viagem à Palestina, quero deixar registrado alguns agradecimentos especiais e suas justificativas: • Ao embaixador da Palestina no Brasil, Dr. Ibrahim Al Zeben, que, junto com o governo e a OLP, organizaram de forma tão detalhada nossa 3ª Missão; • Ao embaixador brasileiro na Palestina, Paulo Roberto França pelo empenho e apoio nas nossas atividades; • Ao companheiro Khaled Mahassen, membro do CEP, que, com sua agência de viagens, especializada em Oriente Médio, organizou o roteiro, traslados, emissão de bilhetes, seguros de vida, ônibus especial, bancando inclusive parte dos custos da viagem; • Aos tradutores Mustafa El Dahla, brasileiro do RS, residente na Palestina que nos fez tradução para o português e ao engenheiro Faisal Malak, pelas traduções para o espanhol e inglês e por ter-nos acompanhado durante todos os nossos sete dias na palestina; • À FEPAL – Federação de Entidades Árabe-Palestinas do Brasil. Lista geral de autoridades contatadas – Tomo a liberdade de listar em ordem alfabética os nomes de todas as 23 autoridades, lideranças, representantes dos partidos e seus respectivos cargos na estrutura da Autoridade Palestina ou na estrutura da OLP: Adnan Husseini – Governador de Jerusalém e Ministro para Assuntos de Jerusalém; Ahmed Sobeh, Dr. e Embaixador – Diretor Geral da Fundação Yasser Arafat; Akel Taqaz, Presidente do Comitê Palestino pela Paz e prefeito da cidade de Kobar, pelo Partido do Povo Palestino (ex-Partido Comunista Palestino); Haidar Ibrahim – Secretário-Geral da União Geral dos Trabalhadores Palestinos; Henry Jaqaman, Dr. – Vice-Reitor para Assuntos Acadêmicos da Universidade de Birzeit; Hussein Karabsa – Secretário-Assistente do Departamento de Juventude da GUPW e membro do PPP; Ibtisam Zeidan – Presidente da União de Luta das Mulheres Palestinas; Jawad Awwad, Dr. – Ministro da Saúde da Palestina; Jibril Rajoub – Major-General; Ministro dos Esportes e Presidente do Comitê Olímpico Palestino e da Federação Palestina de Futebol; Mahmoud El-Habil – Diretor Geral do Departamento de Organização Popular e do Trabalho da OLP; Majed Al-Fityani, Eng. – Governador de Jericó e Al-Aghwar; Maria Youssef Al Aqra – Diretora de Cooperação do Ministério da Saúde; Mohamed Odeh – Presidente do Comitê de América Latina da Comissão de Relações Exteriores do Fatah; Mohammed Saleh Aruri – Vice-Secretário-Geral e Diretor do Departamento de Relações Internacionais da União Geral dos Trabalhadores Palestinos (GUPW, na sigla em inglês); Mustafa Barghouthi, Dr. – Secretário-Geral da Iniciativa Nacional Palestina; Nabeel Shaat, Dr. – Membro do Comitê Central do Fateh, da Comissão de Relações Exteriores e Membro do Conselho Legislativo Palestino; Rada Awadallah – Membro do Bureau Político do Partido do Povo Palestino e Secretária-Geral da União Geral das mulheres Palestinas; Ramez Fawadleh – Escritório de Relações Públicas da Universidade de Birzeit e Coordenador de Atividades das Delegações; Ribbi W. Dola – Prefeito Municipal de Betúnia; Saed Nassar – Vice-prefeito de Betúnia; Salwa Hdaib Qannam – Vice-Ministra para Assuntos de Jerusalém; Sultan Abu Al Einein – Major-General, membro do Comitê Central do Fatah e Ministro das Organizações da Sociedade Civil; Susan Shalabi-Molano – Membro do Comitê Executivo da Conferência Asiática de Futebol; Youssef Ali Al-Helo – General, Comandante da Comissão de Treinamento Militar da Autoridade Palestina. Desafios das próximas Missões à Palestina Realizamos dia 9 de abril, a nossa 46ª Reunião do Comitê Palestinos. Diversas entidades e 15 pessoas, entre representantes das organizações e ativistas da causa palestina. Todos foram unânimes em avaliar com extremamente positiva mais essa Missão. Críticas foram feitas, construtivas, no sentido do aprimoramento das mesmas e são sempre bem vindas. Mas, foi um sucesso. No entanto, a unanimidade é que precisamos baratear os custos para que mais pessoas e entidades possam mandar dirigentes, estudiosos, pesquisadores para a Palestina. Conversamos com altos dirigentes da OLP no sentido de criarmos alternativas que possam fazer cair pela metade os custos (hoje na faixa de três mil dólares). Houve uma grande simpatia para a proposta que está em construção. Foi sugerido ainda que fizéssemos missões temáticas, ou seja, por segmentos, como juventude e estudantes, professores, médicos, sindicalistas e cuja programação pudesse ser específica dos interesses desses mesmos segmentos. A possível 4ª Missão poderá até ser da Juventude. É que na Palestina ocorrerá entre os dias 6 e 11 de novembro deste ano, a Jornada Internacional da Juventude de Solidariedade ao Povo Palestinos. Esse evento costuma reunir milhares de pessoas de todo o mundo. O representante da UNE/Oclae presente à reunião ficou entusiasmado com a proposta e irá encaminha a ideia tanto para as suas entidades que é diretor, quanto para a maior organização de jovens do Brasil, que é a UJS, que inclusive realiza Congresso no mês de maio. O nosso Comitê (www.palestinaja.net) sente-se orgulhoso de participar de mais uma Missão de Solidariedade. Eu em particular, que fui em duas das três missões, fico ainda mais alegre e entusiasmado. Não só pelo dever cumprido de militante comunista e internacionalista que sempre fui, quanto por rever muitos amigos muito especiais que deixei na Palestina. 0 comentários * Sociólogo, Professor, Escritor e Arabista. Colunista da Revista Sociologia da Editora Escala, da Fundação Maurício Grabois e do Vermelho. Foi professor de Sociologia e Ciência Política da UNIMEPentre 1986 e 2006. Presidiu o Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo de 2007 a 2010.Recebe mensagens pelo correio eletrônico lejeunemgxc@uol.com.br. * Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do site.