domingo, 19 de setembro de 2010

A nova bancada de Senadores de Mato Grosso

A disputa para o Senado em Mato grosso nessa eleição é emblemática. Ela revela um quadro que pelo perfil dos candidatos temos uma síntese daquilo que poderíamos chamar de tendências do que são as candidaturas tanto do ponto de vista político quanto ideológico. E nessa perspectiva a analise das possibilidades eleitorais dessas candidaturas permite que possa ser feito também uma prospecção do papel político que cada um desses personagens, que encarnam essas candidaturas, pode desempenhar no Senado da republica.
Ao observarmos as candidaturas postas pode-se verificar que pelo menos duas delas podem ser definidas como nitidamente do atual bloco governistas e assumem perante o eleitor o compromisso de alinhamento com a bancada de governo caso o mesmo seja reeleito São elas a do ex-governador Blairo Maggi candidato do Partido da Republica(PR) e a do deputado federal Carlos Abicalil do Partido dos Trabalhadores(PT) .
Duas outras se posicionam nitidamente como de oposição ao atual governo e se esse for derrotado irão compor o que vira a ser a bancada de um novo bloco de governo. A primeira delas é a do ex-senador Antero Paes de Barros do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que no primeiro mandato do presidente LULA se destacou como um dos críticos mais destacados desse governo. A segunda é a candidatura dos Democratas (DEM) que tem como candidato Jorge Yanai que certamente, caso venha a ser eleito, seguirá a mesma orientação da candidatura do PSDB
Têm-se também as candidaturas da aliança PSB/PDT/PPS/PV que faz uma mistura entre política e ideologia que as coloca em uma situação indefinida que tanto pode remeter a uma composição com a bancada da aliança da Dilma como com a bancada do Serra. São as candidaturas de Pedro Taques pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e do candidato pelo Partido Verde(PV) Naildo Lopes
Por fim têm-se as candidaturas ideológicas que têm expressão política, como a do PSOL, mas não tem expressão eleitoral e aquelas que historicamente costumam ter pouca expressão política e eleitoral e que na pratica servem do espaço publico possibilitado pelos pequenos partidos para entrada no cenário político de lideranças e personalidades quase sempre pouco conhecidas.
Entre as candidaturas postas quatro delas aparecem se tomarmos como referencia o resultado das ultimas pesquisas de intenção de voto, como aquelas que de fato estão disputando corações e mentes do eleitor em Mato Grosso. Caso se confirme essa tendência a bancada do estado no senado terá um perfil marcado pelas características dessas personalidades.
Ao contrario da eleição passada quando o DEM elegeu o senador Jaime Campos através de uma aliança em que conviviam forças governistas e de oposição ao governo Lula. A questão a que bancada a eleição de um senador pelo DEM em Mato Grosso se alinharia não foi posta claramente no debate. Quadro tradicional das forças conservadoras do estado e refém das amarras impostas pela fidelidade partidária Campos não teve alternativa que não o de alinhamento com as forças de oposição ao governo Lula. Ainda que sem o brilho e a veemência do seu outrora adversário Antero Paes de Barros do PSDB.
A se confirmar os resultados das pesquisas dessas ultimas semanas certamente o candidato do PR o ex-governador Blairo Maggi será eleito senador pelo Mato Grosso. Caso Dilma venha a ser eleita certamente o ex-governador, um dos políticos mais experientes e habilidosos desse estado, por não pertencer ao partido da presidente e em razão de suas raízes econômicas e sociais fará parte da bancada governista moderada. Aquela que é fundamental para a governabilidade, imprescindível nos momentos de negociação e articulação política. Em caso de um governo Serra esse perfil de político moderado e por pertencer a um partido que tende a se alinhar com as forças governista é possível que transitasse de uma oposição moderada a uma postura governista sempre na defesa dos interesses econômicos e políticos dos setores e das frações de poder que representa.
Segundo nome da aliança governista Carlos Abicalil do PT é um quadro de partido. Algo tradicional na esquerda o compromisso e o vinculo com o partido é quase uma novidade na cultura política brasileira. O recente episodio da disputa interna que acabou por indicar seu nome para disputar a eleição para o senado é revelador disso. Disciplinado, sabe da importância que tem o partido na luta política e procura seguir suas regras. Em um governo Dilma estará sem sombra de duvida perfilado a bancada governista junto com o seu partido o PT. Caso contrario estará inevitavelmente fazendo uma aguerrida oposição a um governo do PSDB.
Transparente em sua posição de adversário do governo Lula, ainda que um dia tenha sido um dos parlamentares do PT, Antero Paes de Barros não deixa duvida em relação ao papel que cumprirá no Senado caso seja eleito. Critico severo e implacável de um possível governo Dilma e zelosa bancada situacionista de um governo comandado por Serra. Sua posição caso seja eleito não será surpresa para ninguém.
Dificil de prever é qual será a posição do candidato Pedro Taques do PDT no senado. Com um discurso fundamentado em cima do que poderiamos classificar de maximas, ou em uma liguagem mais filosofica de aforismas morais, não da para saber muito bem qual é o seu projeto politico.Até agora é um enigma para o observador dos projetos que estão em debate. A que governo e a qual oposição remete o seu projeto? A qualquer um ou a nenhum? Ainda que o seu partido nacionamente apoie a Dilma a coligação a que pertence o candidato no estado é um amplo e heterogeneo palanque que vai de Dilma a Marina passando por José Serra. Alem do que o candidato provavelmente por sua origem no poder judiciario acaba tendo uma postura de que por suas posições politcas pode se colocar acima dos partidos. Fica o enigma.
É bom lembrar que o mandato no senado tem a duração de oito anos e o eleito irá atravessar os proximos dois governos. Ainda que não possa ser muito claro para a grande massas de eleitores essa questão de saber em qual bancada ficara o candidato após a eleição é fundamental não só para governabilidade mas para a definição de pontos polemicos que certamente estarão na pauta do senado nesses proximos anos.

Manoel F V Motta.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O aceno à velha politica

Jornalista com larga experiencia na reportagem e na editoria de politica na imprensa de Mato Grosso Kleber Lima escreve um dos textos mais desmistificadores sobre o recorrente discurso dos que se apresentam como o "novo" em politica. Sua analise se coloca com a lucidez de quem possue argumentos solidos para explicar o que de fato ocorre no processo eleitoral. Seu texto reverencia com o respeito que merece duas das personalidade mais experientes da historia politica recente desse territorio misterioso, enigmatico da conquista do voto popular (MFVMotta)

O aceno à velha política

É curioso como alguns processos políticos se repetem, como um pião girando em torno de seu próprio eixo. O discurso eleitoral de quem está começando é um desses casos. No afã de diferenciar-se dos que já estão estabelecidos, os noviços praguejam quem já está nas lides políticas há mais tempo excomungando-os como se fossem verdadeiros anti-cristos. Se esquecem que ao nivelar tudo por baixo acabam prejudicando-se a si mesmos, ou, em outra hipótese, não têm divergências concretas contra quem criticam. Apenas e tão somente desejam seus lugares. Alguns candidatos fazem desse clichê o núcleo de seus discursos eleitorais este ano. Vemos candidatos a deputado estadual que certamente nunca foram sequer a uma sessão da Assembléia Legislativa falar bobagens e mais bobagens, partindo sempre do mesmo lugar-comum: que os atuais deputados são velhos, ultrapassados, etc. Não sabem, e talvez nunca venham a saber, que o novo ou o velho em política não se mede pela idade nem pelo tempo que o sujeito atua na área, mas por suas práticas, pelo modelo de representação que adotou, por seus princípios. Os casos mais graves, contudo, são de outros que já não são tão estreantes assim, mas se utilizam do mesmo expediente de apequenar seus concorrentes para poderem se comparar. É uma tática antiga de quem, por exemplo, costuma não ter virtudes suficientes para justificar-se. Em português caboclo, defendem a tática do “se a sua luz não brilha, ofusque a luz dos outros”. Já no campo das disputas majoritárias, habitat impróprio para novatos e amadores, a tática é também utilizada, mas não ingenuamente como nos casos anteriores. Dessa vez é puro erro de cálculo, simples equívoco na estratégia, ou crua maldade no enfrentamento dos adversários. Esta semana uma notícia veiculada na imprensa chamou a atenção para essa tática dos novatos. O candidato ao Senado Pedro Taques, useiro e vezeiro dos ataques ao que chama de “velha política”, encontrou-se com Júlio Campos num arrastão em Várzea Grande. Acenou-lhe efusivamente e sua assessoria apressou-se em divulgar que Júlio teria lhe declarado seu voto pessoal. No mesmo dia, Júlio, também por meio da sua assessoria, desmentiu a informação, e afirmou que apenas retribuiu ao cumprimento por uma questão de educação. Ao que tudo indica a tese de Pedro Taques não resistiu ao primeiro teste fora das telinhas da TV e das ondas do rádio, na vida real. Ao divulgar o aceno com Júlio Campos, Taques quis valorizá-lo como um ativo para sua campanha. O flerte, contudo, foi ridicularizado pela negativa de Júlio. Moral da história: a velha política pode ser boa, desde que seja a nosso favor. Candidato a governador de Taques, Mauro Mendes também usa o discurso de ataque à “velha política”. Uma das suas peças de campanha mostra José Riva, Carlos Bezerra e Pedro Henry, entre outros, ao lado de Silval Barbosa, tentando combatê-lo por suas companhias. Não revela, no entanto, que Bezerra, Riva e Henry estavam no seu palanque na eleição de 2008 em Cuiabá, tampouco que foi visitar a esposa de Riva, quando a dona Janete foi presa recentemente, e muito menos que estava muito seduzido para ser o vice de Silval 70 dias atrás. Moral da história: a velha política só não serve quando não está a nosso favor. Não se pode classificar Pedro Taques e Mauro Mendes de ingênuos. Em seu favor podemos dizer apenas que são neófitos em política. Mas isso não os redime das contradições apontadas acima. Talvez suas práticas oportunistas e incoerentes os tornem até mais velhos que a “velha política” que tanto combatem da boca pra fora. Se prosperarem em suas carreiras na política, logo terão que tomar uma decisão importante: sair da política após cumprirem seus primeiros mandatos - sob pena de se tornarem eles próprios a “velha política” – ou reformularem radicalmente seus pontos de vista. Uma coisa parece ser mais evidente: Taques e Mauro, embora desejem entrar na política como anti-políticos dificilmente conseguirão carreiras tão exitosas como as de Bezerra e Júlio.

* KLEBER LIMA é jornalista e consultor de marketing em Mato Grosso. E-mail: kleberlima@terra.com.br.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Questão do Aborto no Processo Eleitoral em Mato Grosso

Banalizar um tema da maior seriedade como o do aborto na base do á favor ou contra é um profundo desrespeito ao sofrimento de milhares de mulheres que tiveram um dia de se submeter à interrupção de uma gravidez. Imagino e apenas só imagino, pois a natureza de minha condição masculina impede de vivenciar esse sentimento, a angústia, o medo, a solidão e a dor da imensa legião de mulheres que tiveram que fazer essa opção.
O que leva uma mulher a interromper uma gravidez? Por que uma gravidez se torna algo tão indesejado para uma mulher que se vê forçada a interrompê-la?
Invocar apenas razões religiosas e morais nesse debate é insuficiente. Qualquer pessoa com responsabilidade social e política sabe que a questão é muito mais profunda. O que está posto em discussão nesse momento é uma possível modificação na legislação que implicaria em sua descriminalização. Essa é uma pauta que não da para escamotear utilizando apenas argumentos fundados na religião e na moral. É necessário que se diga que não esta em discussão no congresso um projeto Herodes para que inocentes mulheres grávidas sejam indiscriminadamente submetidas a abortos forçados.
Sei que no calor da disputa eleitoral apresentar o adversário como um possível defensor de uma indiscriminada matança de indefesos e inocentes fetos e se apresentar como um paladino em defesa de românticas gestações bem sucedidas de lindos e sorridentes bebezinhos é uma tentação para candidatos e marqueteiros que gostam de ver o circo pegar fogo.
A idéia é que esse tipo de postura possa render uma meia dúzia de votos de homens e mulheres religiosos e de boa fé que por suas convicções não concordam com interrupções da gravidez. No meu entendimento essa postura não ajuda ao debate democrático de questão.
A realidade do aborto nesse país é um fato que preocupa os profissionais de saúde da mulher. Dados de entidades como os da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Estatística revelam que 25% das mulheres em idade reprodutiva já abortaram pelo menos uma vez. É uma leviandade política e moral não levar em conta esses números no debate em curso no congresso.
De maneira silenciosa e clandestina sua pratica, afirmam esses profissionais, reproduzem o lugar social de onde elas vêem. As mais endinheiradas recorrem aos préstimos de profissionais que aceitam realizar na ilegalidade essa pratica ou viajam para o exterior e interrompem a gravidez em países em que o aborto é permitido. As imensas legiões das mais pobres vão engrossar a perversa estatística de abortos clandestinos feitos em condições sanitárias precárias e com riscos de morte.
A decisão de se submeter ou não a um aborto é em ultima instancia da mulher. Ela é que dá a ultima palavra sobre o prosseguimento ou não da gravidez. Afinal é no seu corpo que se desenvolve a gestação. Essa decisão que pela legislação atual implica em pratica criminosa conduz uma multidão de mulheres a um território de risco. Condenadas desde o momento de sua decisão a guardar silencio durante o resto de suas vidas, a carregar o peso de ter desobedecido à lei e a execração moral pela tradição religiosa.
Tenho o maior respeito e carinho por todas as mulheres que um dia por alguma razão tiveram que interromper em risco e sofrimento a gravidez.
Manoel F V Motta – Analista político, doutor em educação e professor da UFMT

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Festival Calango e a Era Digital

Na primeira metade do seculo XX o filosofo Walter Benjamim se espantava com a velocidade de difusão que a reprodutilidade da obra de arte permitia. Jovem,filha da primeira geraçaõ do seculo XXI Mariele Ramirez nos mostra com naturalidade como esses tempos digitais amplia essa possibilidade de reprodutibilidade e permite que a partir da periferia em lugares considerados teritorios "fora do eixo" é possivel articular talentos e difundi-los por essa imensidão quase infinita da blogesfera. (Manoel F V Motta)


O Festival Calango e a Era Digital

A internet impactou a forma de pensar do homem contemporâneo. No aspecto sócio-econômico, as mudanças implicadas são potencialmente as de maior impacto desde a Revolução Industrial, e afetaram profundamente a organização tanto da economia como da sociedade.

A tv levou cinquenta anos para se popularizar. A internet o fez em apenas dez. Estima-se que um em cada três brasileiros já estão conectados à internet, o que representa setenta milhões de pessoas em todo o país. Número que só vem aumentando. Pesquisas revelam que só em 2006, 12 milhões de computadores pessoais foram vendidos. Isso representa toda a população da megalópole Tóquio.

Com a popularização, a rapidez e a instrumentalização destas tecnologias no cotidiano de milhares de pessoas em todo o mundo, elaborou-se um conjunto de práticas sociais características do século XXI, pautadas em princípios como participação popular, interatividade, colaboração, compartilhamento, entre outras, próprias destes novos tempos.

Essa nova forma de dialogar vem alterando paradigmas certamente também no campo de negócios. O mercado da música brasileira, por exemplo, vive um momento ímpar no país hoje. As novas tecnologias digitais baratearam os custos de produção no setor, e promoveram amplo acesso aos produtos musicais gerados por cantores e grupos de qualquer época, em todo o mundo.
Através do então Napster, e depois, de outros softwares de downloads de arquivos, foi possível acessar qualquer fonograma em formato mp3 e outros disponíveis na web, a custos quase zero.

O resultado foi que a indústria fonográfica - que até a alguns anos era hegemônica no mercado musical - vem sofrendo duros golpes em virtude da queda nas vendas de CD`s. Para se ter uma idéia, segundo matéria publicada no site da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo, os discos de ouro, que representavam 100 mil cópias vendidas, hoje representam 50 mil; e os de diamante que representavam 1 milhão de CDs vendidos, hoje equivalem 250 mil.

No contraponto a esse novo cenário experimentado pela grande indústria, é observado um contexto marcado pelo chamado fenômeno "Calda Longa". A Calda Longa assim intitulada pelo pesquisador Chris Anderson, é classificado como um processo de transformação do mercado dominado por poucos hits, para aquele marcado por inúmeros nichos e de micro-hits, o que nos faz pensar que foi-se a época em que uma música estourada nasrádios, ou que haverá mais grupos que abocanharão grande parcela do mercado. Ou seja, está em ascenção o fortalecimento do mercado da música independente e de iniciativas associadas em redes de relacionamento, ou redes sócios-musicais, como o Circuito Fora do Eixo, as Casas Associadas e a Abrafin.

A Abrafin, a exemplo dessas iniciativas, é uma Associação Brasileira de Festivais de Música Independente, que reúne cerca de 40 festivais de música em mais de 20 estados diferentes, e que faz circular por ano, mais de mil artistas e grupos do Brasil, América Latina e outros países do mundo.

Os festivais de música Os festivais de música independente são considerados uma das principais plataformas de circulação e distribuição da música independente brasileira contemporânea, convencionou-se afirmar, em virtude disso, que a nova cara da música brasileira passa por ali.

O Festival Calango faz parte desta rede sócio-musical nacional. É considerado um dos principais eventos deste circuito, sendo que em Mato Grosso, é o principal representante desta nova era de diálogo.

O Calango é um dos projetos que fazem parte do calendário de ações do Espaço Cubo, instituto cultural cuiabano que desenvolve trabalhos nas áreas de cultura, comunicação livre, artes integradas e economia solidária, com parceiros em todo o Brasil.

Em 2010, chega a sua 8ª edição, exibindo, mais uma vez, o que há de melhor na nova safra da música popular contemporânea produzida por artistas não vinculados a grandes e /ou médias gravadoras. Além dos shows, propõe o diálogo com outros campos da cultura, e também o debate sobre sustentabilidade e autogestão, evidentes nas oficinas, palestras, conferências, mostras, rodadas de bate-papos, atividades em escolas e uma e uma feira de tecnologia solidária com produtos culturais produzidos por profissionais ligados ao setor.

O Calango surgiu em 2001, em um período em que, o setor da música em Cuiabá era dominado pelo circuito cover de barzinhos. Desde então, o festival cresceu; deu palco a mais de trezentos grupos e artistas populares de todo país e América do Sul, especialmente os do chamado fora do eixo; ganhou visibilidade nacional; revelou grandes talentos cuiabanos para o Brasil, como o Vanguart e o Macaco Bong; e colocou aa capital de MT em papel de destaque em meio a produção cultural nacional.

Em 2010 uma das metas é intensificar ainda mais a proposta, promovendo uma grande mostra de artes integradas e tecnologia de gestão com ênfase na música independente

Mariele Ramirez