quarta-feira, 24 de abril de 2019

Projeto de memória vai resgatar os 30 anos da Constituição de Rondonópolis



Em 2020 vai completar 30 anos da promulgação da Constituição de Rondonópolis, que foi elaborada pelos parlamentares constituintes da época. Para marcar o aniversário, o professor doutor Manoel Motta está lançando um projeto de memória, que vai ser realizado pelo Instituto Caburé, com o objetivo de registrar esse momento histórico para o município, resgatando todo o processo de formação do Parlamento Municipal em 1990 bem como os trabalhos de elaboração, discussão, votação e promulgação da Constituição de Rondonópolis. O projeto de memórias dos 30 anos da Carta Magna do Município, que rege sua vida política e administrativa, está sendo lançado neste dia 5 de abril e seu prazo de execução será de 12 meses. O Instituto Caburé já estabeleceu parcerias para a coleta de depoimentos e registro fotográfico e em vídeo dos personagens responsáveis pela produção da Constituição Municipal, sendo que alguns atores desse processo já estão sendo entrevistados para relembrar o momento histórico na vida política e administrativa de Rondonópolis. De acordo com Motta, o fato de estar suplente de senador também é determinante para a realização desse trabalho, em função da Constituição ser a Carta Maior que rege o município. “Queremos valorizar e fortalecer o trabalho e a dedicação política dos parlamentares que ajudaram a escrever essa história” salientou. De acordo com Manoel Motta, o projeto tem por objetivo registrar os 30 anos da Constituição, ressaltar sua importância para a vida de Rondonópolis e destacar a participação dos protagonistas da elaboração das normas que regulam as relações e atividades de todo o conjunto físico e humano existente no município. “O projeto tem um prazo de execução de 12 meses e será realizado a partir do mês de abril de 2019 até o mesmo mês de 2020, quando se completa os 30 anos da atual Constituição Municipal de Rondonópolis. Nesse período, serão coletadas entrevistas, depoimentos e produzidos diversas modalidades de mídia para registrar e eternizar o trabalho de quem fez e faz parte da história”, enfatiza o professor


lupanews.com.br

 

 


 

quarta-feira, 13 de março de 2019

Professor Manoel. Motta diz que massacre na escola de Suzano reflete banalização do Mal




O professor doutor Manoel Motta, fez uma breve análise sobre a tragédia que se abateu sobre a cidade de Suzano na manhã desta quarta-feira, quando dois adolescentes abriram fogo contra trabalhadores e estudantes de uma escola. De acordo com Motta, que também é suplente de senador, a instituição “escola” sempre, para o bem ou para mal, está no centro do debate ideológico.
Conforme o professor, agora o debate se materializa em violência nesse massacre na escola em Suzano no Estado de São Paulo. “O que antes se resumia a discussão da existência ou não da mamadeira de piroca, kit gay, doutrinação de ideário de esquerda e da reivindicação de militarização da relações pedagógicas, da escola sem partido e da opção das famílias se responsabilizar pela educação fundamental das crianças em casa, é tragicamente objetivado em violência e morte”, ponderou.
Manoel Motta, que é pós doutor em Filosofia, afirma que, infelizmente, essas explosões de violência não lhe surpreende. “É a violência dos valores do lumpesinato (camada social carente de consciência política),  circulando livremente na sociedade civil e no Estado. Parece que estamos vivendo tempos de “banalização do mal”, como diria Hannah Arendt (filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX)”, parafraseou

O professor doutor Manoel Motta, fez uma breve análise sobre a tragédia que se abateu sobre a cidade de Suzano na manhã desta quarta-feira, quando dois adolescentes abriram fogo contra trabalhadores e estudantes de uma escola. De acordo com Motta, que também é suplente de senador, a instituição “escola” sempre, para o bem ou para mal, está no centro do debate ideológico.
Conforme o professor, agora o debate se materializa em violência nesse massacre na escola em Suzano no Estado de São Paulo. “O que antes se resumia a discussão da existência ou não da mamadeira de piroca, kit gay, doutrinação de ideário de esquerda e da reivindicação de militarização da relações pedagógicas, da escola sem partido e da opção das famílias se responsabilizar pela educação fundamental das crianças em casa, é tragicamente objetivado em violência e morte”, ponderou.
Manoel Motta, que é pós doutor em Filosofia, afirma que, infelizmente, essas explosões de violência não lhe surpreende. “É a violência dos valores do lumpesinato (camada social carente de consciência política),  circulando livremente na sociedade civil e no Estado. Parece que estamos vivendo tempos de “banalização do mal”, como diria Hannah Arendt (filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX)”, parafraseou

Texto publicado em www.lupanews.com.br

sábado, 1 de dezembro de 2018

O fim do feriado de 20 de Novembro em Mato Grosso e o racismo institucional



                
      Hoje logo ao acordar pela manha me levantei como costumeiramente faço preparo o café da manha e enquanto faço isso vou lendo os “zaps”, o jornal e dando uma rápida olhada pelo facebook. Qual minha surpresa ao ver os comentários tensos e entristecidos das pessoas comentando sobre um despacho da Secretaria de Serviços Legislativo da Assembléia Legislativa do Estado de MT que de tão traiçoeiro não leva se quer o nome do autor mas vem assinado como: Lideranças Partidárias. Lideranças Partidárias? Quais meu senhor? Quais são as lideranças que assinaram esse despacho?

             Um projeto de lei de nº: 310/2018, protocolado no dia 14/11/2018 exatamente no mês da consciência negra. Esse projeto de lei quer nada mais nada menos do que alterar a lei 7.879, de Dezembro de 2002, data essa em que negros e negras brasileiros celebram, comemoram o aniversário de nosso grande líder, nossa grande referencia  Zumbi dos Palmares, portanto, Dia da Consciência Negra. Afirmo, esse infortunado projeto de Lei quer tirar dos negros e negras mato-grossenses o feriado de 20 de Novembro. Justificativa: “ o feriado influenciaria a rotina   das cidades afetando diversos setores econômicos, com o fechamento do comercio e de prestadores de serviços, causando prejuízos e impedindo a comercialização dos produtos e a realização dos serviços no feriado.” Muito bem. Quantos feriados têm ao longo do ano? Quantos feriados estão relacionados com as referencias dos negros e negras que foram escravizados? explorados e que construíram este país com sangue, suor e lagrimas? Pasmem meus senhores dos mais de 12 feriados anuais apenas um  é dedicado as reflexões  acerca do sofrimento do povo negro que por sinal são mais de 60% da população deste país e por incrível que pareça nenhum outro feriado esta incomodando nossos nobres parlamentares, apenas o da consciência negra por que será? Dizer que dos mais de 12 feriados ocorridos ao longo do ano só o 20 de novembro causa prejuízos, chega a ser uma afronta ao povo negro. Podemos provar que isso não é verdadeiro. Enquanto mulher negra vinculada a uma instituição que luta contra o racismo e pela igualdade racial não posso me calar diante de tamanha exclusão e demonstração de racismo por parte de quem deveria nos defender e nos representar.

            A indignação dos povos negros deste Estado é tão grande quanto a perversidade deste projeto, somos um povo historicamente excluído, marginalizado. O dia da Consciência Negra é fruto de muita luta e até de muita humilhação de quem o defendeu. Hoje alguém chega propõe a retirada desta data tão significativa para nós e ainda subestima nossa inteligência com uma justificativa tão frágil  que não se sustenta de forma alguma. Chega a nos envergonhar.

                  Não posso acreditar que nossos parlamentares, todos nossos representantes irão compactuar com um absurdo desse, com uma afronta desta para população negra deste Estado e justamente no mês da consciência negra quando deveríamos receber boas noticias, deveríamos comemorar políticas de Promoção da Igualdade estamos lamentando e lutando para assegurar um direito sonhado, desejado e conquistado a duras penas pelos negros e negras deste Estado. 

Rondonópolis, 27 de Novembro 2018

Luzia aparecida do Nascimento
Presidente da Unegro Pantanal Rondonópolis
Conselheira da CEPIR/MT
https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.apedraatravessada.blogspot.com%2F%3Ffbclid%3DIwAR3i3zbm6GCXEvExG7nZ7c0nm4tb9Oyx6stcBHXyGHGvHIhVzx6zBs-AeY8&h=AT01syL-4-IprEcPp9ciObmbYDT1-Pv55Gg6KwsojezB-qab_yJXbTvCTCS_I1zbic8VN15oR578igyCwxNn_YBa1HqHeEwMiGn3GB-8vH_ctC61lBtubp0tFrds893zmz-Ocj2wHKNSFeCPhAVHSZJDipuyeE2u4ilgZ22O5RCOlBb6qr9dQ1GnKfEDiVPAA1gyJrsFTm6yydOSKqQvpy4schR-B7pJn6Ap9qhxVRAewUAO0dp81izio-tJFiuEULw_w30sN-5HnGjcV8G9cBViIjfohBVvGzMqipMTprcrYnaYAlowIMADwPyHQa5QYWeLlfp-5Y-g2TLJa1iCs685eWFDadOo7dlXQHKu3Qa9d6D0iMHFjAuoMmVtkYPx9uQDUXap_PWc4VX4d8PIQSufLDwJrta6HtlEeLlHhu9gAtP5gK1tl0Oma3ZDvBZU6G95Om4GiiovDY5mWqZBf4-JFcuk-qZeKy4

sábado, 24 de novembro de 2018

NÃO SOFREMOS MAIS QUIETOS


                         

O dia 20 de novembro dia da consciência negra, instituído em todo país, é muito importante para dar visibilidade às lutas dos povos negros por oportunidades iguais. Veja que nossas lutas começam há séculos com a resistência dos escravos que fugiam, montavam os quilombos, faziam greves de fome, rebeliões e praticavam suas religiões de forma clandestina, mas essas lutas sempre foram invisibilizadas.

O surgimento dos movimentos negros torna-se um fenômeno que utiliza diferentes formas e organizações para reivindicar direitos para população negra. Esses Movimentos têm raízes na própria resistência dos negros e negras desde a escravidão. Durante a primeira República, com o crescimento das cidades, os negros, se reúnem em associações de caráter cultural com o fim de manter suas tradições. Na década de 30 a “Frente Negra” cria o primeiro partido político dos negros e negras no Brasil. Na década de 50 a história dos negros passa a ser objeto de estudo acadêmico e surge a lei Afonso Arinos  que torna a discriminação de raça ou de cor uma contravenção, essa lei acaba por mostrar, tornar público o racismo escondido da sociedade brasileira.

Tudo isso para mostrar que nossas lutas não vêm de hoje, mas a muito que lutamos por direitos negados ao povo negro numa sociedade de raízes escravocrata e excludente daí porque é importante a instituição do dia 20 de Novembro queiram as pessoas ou não esta data ganha visibilidade e o tema é debatido e mencionado seja na imprensa, nas escolas, nos movimentos sociais, nas igrejas e vai fortalecendo os movimentos negros e a divulgação de nossas lutas, na década de 70 esses movimentos ganham as ruas e vão dando voz aqueles que sempre silenciaram em seus direitos inclusive a vida e torna-se um marco para as organizações negras no Brasil que consegue garantir direitos na Constituição federal e torna a discriminação crime com a lei 7.716 de Alberto Caó, depois várias outras conquistas vieram pela luta e pela coragem do povo negro vitima de tanta exclusão, mas que não sofre mais calado, quieto.

Finalizando quero ressaltar uma importante lei 10.639/03 que vem tornar obrigatório o ensino da história da África nas escolas e que vem ganhando corpo e adesões como o próprio Ministério Público no sentido de tornar alei efetiva nas escolas publicas e privadas do pais o que muito nos alegra pois compreendemos que é preciso conhecer a história para respeitar, valorizar e lutar pelo presente
 

Luzia Aparecida do Nascimento – Presidenta da UNEGRO  Pantanal Rondonópolis