segunda-feira, 10 de maio de 2010

Disputa acirrada

Sem favoritismo em uma disputa que promete ser muito acirrada Essa é a minha opinião manifestada no portal www.rdnews.com.br em entrevista a reporter Patricia Sanches sobre os resultados da pesquisa ibope divulgada sabado 8 de maio sobre a eleição para governador em Mato Grosso deste ano. Tudo indica que , a não ser que exista profundas mudanças no quadro, o resultado em MT tende a ser bastante apertado. Aproveito para reafirmar que vejo como uma questão problematica essa intenção da candidatura Mauro Mendes de considerar que é possivel gerenciar os tres principais palanques de candidatura a presidencia em uma eleição que a cada dia caminha para ficar mais polarizada. Quero ver como ele e seus aliados vão lidar com o desafio dessa sofisticada engenharia politica
MFVMotta

Há muitos anos não há disputa tão acirrada como agora, diz analista

Patrícia Sanches

A disputa ao Palácio Paiaguás vai ser extremamente acirrada e não é possivel apontar favoritismo. A afirmação é do analista político Manoel Motta. Segundo ele, há muitos anos não se via um cenário tão indefinido como o que vem sendo confirmado pelos resultados das pesquisas de intenção de voto. Acredita que será possível saber quem tem mais chances de vencer o pleito apenas em agosto. "Uma coisa é certa. Não vai ser uma disputa simples como a que Blairo Maggi enfrentou. As coligações são amplas e vão continuar aparando divergências até o final do processo eleitoral", pontuou Motta, numa referência, por exemplo, às brigas existentes no PPS e PT.
Os petistas então divididos entre os grupos da senadora Serys Marly e o deputado federal Carlos Abicalil, que estão em pé de guerra. Serys defende apoio ao pré-candidato Mauro Mendes (PSB). Já Abicalil "bate duro" para que o PT fique com o governador Silval Barbosa (PMDB), que tenta a reeleição. O PPS está rachado entre Mendes e o ex- O PPS está rachado entre Mendes e o ex-prefeito da Capital Wilson Santos (PSDB). Os três vão disputar o Paiaguás e percorrem o Estado em busca de apoio político e dos eleitores.
Uma pesquisa estimulada feita pelo Instituto Ibope apontou nesta sexta (7) Silval como líder nas intenções de voto com 31%. Já Wilson, figura em segundo lugar com 27% e Mendes em último com 15%. Para o analista, o crescimento de Silval se deve a forte articulação política que o peemedebista tem feito junto a prefeitos e lideranças de todo o Estado. Ele acredita que o escândalo do suposto superfaturamento praticamente não abalou a imagem do governador que possui uma "raiz" diferente da "turma da botina", que seria a maior prejudicada. "Tudo isso colocou em xeque a ideia de que os empresários da turma da botina não precisavam usar o Estado, se apropriar indevidamente de recursos. Desgasta essa imagem e não a de Silval", avalia. Apesar disso, ele pontua que o peemedebista pode ser prejudicado dependendo do desenrolar dos fatos. Pondera ainda que é difícil saber se ASilval vai conseguir manter o ritmo de crescimento que teve até agora.
Numa rápida análise sobre o desempenho de Wilson, Manoel acredita que o crescimento dele depende principalmente do declínio de Mendes. "Caso Mauro continue crescendo, Wilson pode cair mais", avalia. Por outro lado, o cientista político fez questão de frisar que os eleitores mato-grossenses são bastante conservadores e que tendem a votar no presidenciável José Serra (PSDB) e são contra o PT. Os petistas nunca elegeram nenhum governador do Estado e a pré-candidatura de Serra deve ser bem articulada no Estado, o que fortalecerá o nome de Wilson ao Paiaguás. No próximo dia 15, Serra virá a Capital lançar Wilson ao governo. "Temos um eleitorado muito parecido com o de São Paulo e isso pode favorecer Wilson".
Já o desempenho de Mauro Mendes surpreendeu o especialista. Para ele, o empresário alcançou uma marca significativa ao obter 15% das intenções de voto. "Se o Mauro continuar crescendo assim, Wilson vai perder espaço", pontua. Apesar de ressaltar o crescimento do socialista, Manoel Motta, pondera que o fato dele estar em uma aliança com três palanques de presidente poderá prejudicá-lo. Apoiam o empresário o PV de Marina Silva, o PPS, que caminha com Serra, e o PSB dele que deve coligar com o PT de Dilma Rousseff. "Isso pode ser um complicador que fragilizará o nome dele ou até fortalecer sua candidatura. Tudo dependerá de como os eleitores vão ver essa aliança. A política não é uma ciência exata".

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