sábado, 2 de abril de 2011

A Comuna de Paris

Nesse mês de Março comemora-se 140 anos da Comuna de Paris. Considerado como o primeiro governo operário durou apenas algumas semanas. O poder operário instaurado na cidade de Paris resistiu de 26 de Março a 28 de maio de 1871.A pauta de reivindicações da comuna eram singelas vistas com os olhos de hoje. Reivindicava-se coisas como o limite de oito horas de trabalho,separação entre estado e igreja, legalização dos sindicatos e fim do trabalho noturno. É fato que muitas dessas conquistas acabaram sendo assimiladas posteriormente pela ordem burguesa. Hoje parte dessas reinvidicações fazem parte das conquistas históricas dos trabalhadores. A comuna foi esmagada por tropas da burguesia que executou a céu aberto mais de vinte mil trabalhadores, transformando as ruas de Paris em um cemitério a céu aberto. Nosso profundo respeito aos que tombaram nas lutas dos trabalhadores. Bela e justa lembrança. Viva a memoria da Comuna de Paris

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Transformações no mundo trabalho e sindicalismo no Mato Grosso

As transformação no mundo do trabalho e os reflexos no sindicalismo de Mato Grosso esse é o titulo da Dissertação de Mestrado que o jornalista Miguel R. Neto defendeu perante a banca examinadora do Programa de Pós Graduação em Politica Social da UFMT formada por Isabel Cristina Dias Lira ,Ivone Maria Ferreira da Silva (orientadora) e Manoel F. V Motta.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cartunista Brás em Homenagem ao Ex Vice Presidente Jose Alencar

JOSÉ ALENCAR E O ENSINAMENTO AO POVO BRASILEIRO


Não pude deixar de me emocionar ao ver os noticiários desta terça-feira, dando conta do falecimento do ex-presidente da república, José Alencar.

Sempre que meus pensamentos recaiam sobre ele, ao longo dos últimos anos, a mensagem era sempre a mesma: “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor (...) Eu sou brasileiro e não desisto nunca”. E essa será sempre a imagem que dele terei. Penso que José Alencar não foi vencido pelo câncer, ao contrário, ele o venceu!

Não se trata aqui de uma nota açucarada, mas o reconhecimento do papel cumprido por um homem que ousou“traçar a sua história com plena consciência do que faz”.

Um sentimento desenvolvido em minha juventude – influenciada pela militância no movimento estudantil – é o de admirar meus pares. Pessoas que, como eu, fizeram opções por causas que nos levem a um mundo de mais igualdade. O tempo, a vida e a práxis, porém, nos ensina a amplitude e a complexidade desses sentimentos.

Em minha vida adulta, curiosa que sou das discussões acerca das classes sociais no Brasil, da luta de classes e da formação da consciência política, aprendi a respeitar e valorizar a trajetória de personalidades que, oriundas de diferentes classes sociais, se comprometem com a sua condição de classe. José Alencar, penso, foi uma dessas personalidades. Tanto que, fez a única opção possível: uma aliança com o povo ao se associar ao projeto de Poder desenhado pelos trabalhadores e liderado por um conjunto de forças personificadas pelo então operário, Luis Inácio Lula da Silva.

Lênin, ao tratar da conquista do Poder político pelo proletariado escreve que a arte do político e a justa compreensão de seus deveres “consiste, precisamente, em saber aquilatar com exatidão as condições e o momento em que a vanguarda do proletariado pode tomar vitoriosamente o Poder; em que pode, por ocasião da tomada do Poder e, depois dela, conseguir um apoio suficiente de setores bastante amplos da classe operária e das massas trabalhadoras não-proletárias; em que pode, uma vez obtido esse apoio, manter, consolidar e ampliar seu domínio, educando, instruindo e atraindo para si massas cada vez maiores de trabalhadores”.

Ouso considerar, portanto, que a participação de José Alencar no cenário de acirradas disputas políticas entre o projeto neoliberal e o projeto das forças progressistas e democráticas teve, historicamente analisando, um caráter pedagógico: educando, instruindo e atraindo, não necessariamente só as massas, mas sobretudo, a militância organizada dos movimentos sociais e dos partidos políticos que tinham grande dificuldade de compreender o que ressaltava Lênin, citando Marx, sobre a ideia de que a aliança do proletariado com a pequena burguesia poderia, em determinadas situações, representar um avanço na luta: “Se a união é verdadeiramente necessária, escrevia Marx aos dirigentes do partido, façam acordos para realizar os objetivos práticos do movimento, mas não cheguem ao ponto de fazer comércio dos princípios, nem façam “concessões” teóricas”.

José Alencar, um representante do empresariado, soube com muita precisão o momento exato de se colocar a disposição de sua classe, do Brasil e dos brasileiros. Sua aliança não implicou “comércio” dos seus princípios, uma vez que seguiu adotando postura propositiva e crítica, ao mesmo tempo.

A maior homenagem que qualquer brasileiro pode prestar a esse homem e sua família, nesse momento, é a reflexão de quão importante foi para todos nós a sua contribuição. O Brasil mudou, mas ainda não foi o bastante. É fundamental que os seus ensinamentos sirvam para continuarmos nos rumos da mudança, construindo um Brasil democrático e soberano, com um novo projeto nacional de desenvolvimento que abarque todo o povo brasileiro.

Marilane Costa – Mestre em Educação, Professora do IFMT e Membro da Direção Estadual do PCdoB.


quinta-feira, 24 de março de 2011

O PCDOB E A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO: MATO GROSSO EM FOCO

No dia 25 de março, o Partido Comunista do Brasil – PCdoB – completa 89 anos.
O usual, em datas comemorativas como essa, é ressaltar a importância histórica do homenageado, suas contribuições e baluartes. Não engendrarei por esse caminho. Muitos outros o farão por todo Brasil, até porque, o Comitê Central já aprovou o documento “Rumo aos 90 anos: História que alimenta os combates do presente”, que contempla essa análise.
Minha reflexão aqui se aterá – a título de uma singela homenagem –, apenas na tarefa de compartilhar a assimilação que faço das possibilidades de aplicabilidade da política empreendida pelo PCdoB nos últimos anos, sobretudo, a sua linha de estruturação partidária e o ousado Programa Socialista para o Brasil – aprovado em seu 12º Congresso. Este reforça o caráter estratégico do partido e delineia um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento (NPND).
No que concerne ao Programa, considero-o ousado, pois reconhece que “a nova luta pelo socialismo se dá num mundo em mudanças nas suas relações de poder no século XXI”. Essa admissão, por si só, não é pouca coisa para um partido comunista marxista-leninista. É fruto de uma grande acumulação. Mais ainda quando reforça que “seu objetivo é a transição do capitalismo ao socialismo nas condições do Brasil e do mundo contemporâneo”.
Quanto ao NPND, a sua ousadia se dá ao reconhecer os avanços ocorridos na última década no Brasil, ao mesmo tempo em que aponta que há um “patamar superior” que deve ser perseguido. Sua formulação apresenta as contrações estruturais e fundamentais da realidade brasileira e, também, as tarefas, conteúdo e principais bandeiras a serem empreendidas, dentre as quais cito o fortalecimento e a defesa da Nação, edificação de um Estado democrático, valorização do trabalho, superação das desigualdades regionais, emancipação das mulheres, proteção ao meio ambiente e defesa da cultura brasileira. Enfia o dedo na ferida, ao apresentar como esse Novo Projeto deve ser financiado e quais reformas – política, educacional, tributária, agrária, urbana, meios de comunicação, fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), seguridade social e segurança pública – são necessárias para a democratização da sociedade brasileira.
Não por acaso, para consecução de ousada propositura, é que no campo organizativo o PCdoB tem orientado a importância de seus membros mergulharem na luta de ideias, nos movimentos sociais e na disputa institucional. Vem traçando uma nova política de quadros capaz de atrair jovens, mulheres, trabalhadores, quadros da cultura, ciência e tecnologia e da academia. Pessoas que se identificam com a sua luta.
Em Mato Grosso, fundado oficialmente em meados dos anos de 1980, o PCdoB vive as contradições inerentes a qualquer outro partido político que tente se constituir e consolidar por essas bandas. A considerar as condições históricas na qual o estado está inserido, com a expansão do capitalismo e o processo de desenvolvimento que, segundo estudiosos, estiveram relacionados à estruturação do território, resultado dos processos de integração regional, com a inserção no contexto econômico nacional e voltado para os Programas de Desenvolvimento Regional a partir de 1970.
Mato Grosso entra no século XXI ainda como um fornecedor de matéria-prima e vivenciando, fortemente, todos os problemas estruturais apontados no NPND do PCdoB, que aqui tento traduzir: um estado periférico, alvo de investidas do grande capital internacional, principalmente no campo; grandes defasagens entre trabalho e renda (profunda desvalorização do trabalho, com sistemáticas ocorrências de denúncias de trabalho escravo e infantil); desigualdades sociais, expressas em barreiras à emancipação das mulheres, preconceitos e discriminações de várias ordens; degradação ambiental; vulnerabilidade da cultura; enfim, um estado conservador.
Ao mesmo tempo, Mato Grosso possui o que se tem de melhor: o seu povo. E é a esse povo –”temperado por conflitos e lutas”, ocorridas na Baixada Cuiabana, no Vale do Araguaia ou do Guaporé, nas margens do Rio Vermelho, no Pantanal, Nortão ou de qualquer outro cantinho desse estado – que o PCdoB, no alto de seus 89 anos, deve convidar para conhecer a sua história e sua política. Mais ainda, deve convidar para “ousar lutar e ousar vencer” Superando as debilidades apontadas e construindo um Mato Grosso e um Brasil mais generoso com os seus filhos. Viva o Partido Comunista do Brasil!

Lane Costa – Professora, Membro da Direção Estadual do PCdoB e Mestra em Educação pela UFMT

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Analfabetismo e Consciência Política

Garoto nordestino Francisco Everardo Oliveira Silva como milhares de outros garotos do seu tempo não teve acesso a escola. Se teve foi de forma precaria como milhões de crianças que tem origem no mesmo lugar social e economico que ele. Artista de circo, semianalfabeto e dono de um talento capaz de mobilizar com sua criatividade aprendida e desenvolvida nos picadeiros da vida mais de um milhão de eleitores e eleitoras do estado de maior desenvolvimento economico do pais.
Artistas populares nordestinos que ficaram fora da escola não é novidade na cultura popular da região. Talentos da sua e de outras gerações que não frequentaram os bancos escolares não foram impedimento para que com criatividade e brilho produzissem um trabalho notavel e contribuissem como poucos para a riqueza da cultura popular desse pais.
Artistas populares de baixa escolarização e de grande talento costituem uma imensa legião de poetas, musicos, artistas plasticos e artesãos. Destaco entre uma lista que poderia ser interminavel os nomes de Patativa do Assare( grande poeta das dores e amores do sertanejo ) Luiz Gonzaga, Mestre Vitalino, João do Vale, Jackson do Pandeiro, Pinto de Monteiro
A concepçao do analfabeto como incapaz tem raizes no Brasil da segunda metade do seculo XIX quando ainda no imperio foi aprovada a primeira lei que restringia o voto do analfabeto. Medida essa que foi incluida em 1891 na primeira constituição republicana. É bom lembrar que o primeiro censo feito no Brasil republicano registrava uma população de 70% de adultos analfabetos.Os que estavam nessa condição necessariamente ficavam de fora da possibilidade de participação nos poderes de estado que eram escolhidos pelo voto.
Essa imensa massa de homens e mulheres considrados incapazes passam a ser tutelados pela elite letrada formada basicamente por bachareis em direito e medicos. Foram necessarios cerca de cem anos para que o direto ao voto fosse universalizado pela constituiçaõ de 1988 que finalmente reconheceu o direto ao voto do cidadão e da cidadã que não são alfabetizados.
Esse entendimento do analfabeto como incapaz começa a mudar a partir da emergencia dos movimentos de educação popular que passa a compreendeer o analfabeto como um sujeito responsavel pela geração de riquezas e possuidores de conhecimento e sabedoria que os caracterizaria como pessoas responsaveis pela sua propria vida e pelo seu destino .Nessa perspectiva o exemplo daqueles trabalhadores que mesmo analfabetos ou semi alfabetizados se tornaram mestres em seus oficios. Ao longo de todo o seculo xx era comum encontrar mestres de obras, pedreiros, carpinteiros, marceneiros, mecanicos e mais um sem numero de profissionais competentes que não tinham tido acesso a escola. Analfabetos muitas vezes sim mas não incapazes como pregava o ideario da elite letrada do seculo XIX.
Ainda que tenham conquistado o direito ao voto permanece essa exdruxula proibição que impede quem não é alfabetizado possa ser votado. É espantoso que em pleno seculo XXI a sociedade continue considerado o analfabeto como “incapaz” politicamente. Como se o fato de não saber ler e escrever o torne incapaz de realizar uma leitura do mundo suficientemente critica que não lhe permita tomar decisões de interesse publico no parlamento.
É necessario que se tenha claro que não é o menor ou maior nivel de escolarização que determina a consciencia politica de quem quer que seja. A consciencia politica é fruto do entendimento que se vai construido ao longo da vida em torno de opções relacionadas com interesses economicos,sociais e culturais. É esse mergulho no cotidiano da existencia que vai forjando a consciencia politica de homens e mulheres. Não é a toa ou por acaso que a opção por candidaturas do eleitor ou da eleitora analfabetos coincidem com a daqueles do maior nivel de escolarização.
Ainda que se possa como a professora Zelma Madeira considerar que como artista popular ele partilha codigos de uma cultura racista e sexista, considero que isso não lhe tira a legitimidade como cidadão apto a repressentar sua imensa massa de eleitores e eleitoras
Os meus respeitos ao palhaço Tiririca que demonstrou ser um artista popular amado por seu povo conquistando pelo voto popular um mandato de deputado federal. Parabens meu estimado palhaço espero que a elite letrada não usurpe seu mandato legitimamente obtido pelo voto livre e democratico depositado pelo povo nas urnas.
Manoel F V Motta

domingo, 19 de setembro de 2010

A nova bancada de Senadores de Mato Grosso

A disputa para o Senado em Mato grosso nessa eleição é emblemática. Ela revela um quadro que pelo perfil dos candidatos temos uma síntese daquilo que poderíamos chamar de tendências do que são as candidaturas tanto do ponto de vista político quanto ideológico. E nessa perspectiva a analise das possibilidades eleitorais dessas candidaturas permite que possa ser feito também uma prospecção do papel político que cada um desses personagens, que encarnam essas candidaturas, pode desempenhar no Senado da republica.
Ao observarmos as candidaturas postas pode-se verificar que pelo menos duas delas podem ser definidas como nitidamente do atual bloco governistas e assumem perante o eleitor o compromisso de alinhamento com a bancada de governo caso o mesmo seja reeleito São elas a do ex-governador Blairo Maggi candidato do Partido da Republica(PR) e a do deputado federal Carlos Abicalil do Partido dos Trabalhadores(PT) .
Duas outras se posicionam nitidamente como de oposição ao atual governo e se esse for derrotado irão compor o que vira a ser a bancada de um novo bloco de governo. A primeira delas é a do ex-senador Antero Paes de Barros do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que no primeiro mandato do presidente LULA se destacou como um dos críticos mais destacados desse governo. A segunda é a candidatura dos Democratas (DEM) que tem como candidato Jorge Yanai que certamente, caso venha a ser eleito, seguirá a mesma orientação da candidatura do PSDB
Têm-se também as candidaturas da aliança PSB/PDT/PPS/PV que faz uma mistura entre política e ideologia que as coloca em uma situação indefinida que tanto pode remeter a uma composição com a bancada da aliança da Dilma como com a bancada do Serra. São as candidaturas de Pedro Taques pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e do candidato pelo Partido Verde(PV) Naildo Lopes
Por fim têm-se as candidaturas ideológicas que têm expressão política, como a do PSOL, mas não tem expressão eleitoral e aquelas que historicamente costumam ter pouca expressão política e eleitoral e que na pratica servem do espaço publico possibilitado pelos pequenos partidos para entrada no cenário político de lideranças e personalidades quase sempre pouco conhecidas.
Entre as candidaturas postas quatro delas aparecem se tomarmos como referencia o resultado das ultimas pesquisas de intenção de voto, como aquelas que de fato estão disputando corações e mentes do eleitor em Mato Grosso. Caso se confirme essa tendência a bancada do estado no senado terá um perfil marcado pelas características dessas personalidades.
Ao contrario da eleição passada quando o DEM elegeu o senador Jaime Campos através de uma aliança em que conviviam forças governistas e de oposição ao governo Lula. A questão a que bancada a eleição de um senador pelo DEM em Mato Grosso se alinharia não foi posta claramente no debate. Quadro tradicional das forças conservadoras do estado e refém das amarras impostas pela fidelidade partidária Campos não teve alternativa que não o de alinhamento com as forças de oposição ao governo Lula. Ainda que sem o brilho e a veemência do seu outrora adversário Antero Paes de Barros do PSDB.
A se confirmar os resultados das pesquisas dessas ultimas semanas certamente o candidato do PR o ex-governador Blairo Maggi será eleito senador pelo Mato Grosso. Caso Dilma venha a ser eleita certamente o ex-governador, um dos políticos mais experientes e habilidosos desse estado, por não pertencer ao partido da presidente e em razão de suas raízes econômicas e sociais fará parte da bancada governista moderada. Aquela que é fundamental para a governabilidade, imprescindível nos momentos de negociação e articulação política. Em caso de um governo Serra esse perfil de político moderado e por pertencer a um partido que tende a se alinhar com as forças governista é possível que transitasse de uma oposição moderada a uma postura governista sempre na defesa dos interesses econômicos e políticos dos setores e das frações de poder que representa.
Segundo nome da aliança governista Carlos Abicalil do PT é um quadro de partido. Algo tradicional na esquerda o compromisso e o vinculo com o partido é quase uma novidade na cultura política brasileira. O recente episodio da disputa interna que acabou por indicar seu nome para disputar a eleição para o senado é revelador disso. Disciplinado, sabe da importância que tem o partido na luta política e procura seguir suas regras. Em um governo Dilma estará sem sombra de duvida perfilado a bancada governista junto com o seu partido o PT. Caso contrario estará inevitavelmente fazendo uma aguerrida oposição a um governo do PSDB.
Transparente em sua posição de adversário do governo Lula, ainda que um dia tenha sido um dos parlamentares do PT, Antero Paes de Barros não deixa duvida em relação ao papel que cumprirá no Senado caso seja eleito. Critico severo e implacável de um possível governo Dilma e zelosa bancada situacionista de um governo comandado por Serra. Sua posição caso seja eleito não será surpresa para ninguém.
Dificil de prever é qual será a posição do candidato Pedro Taques do PDT no senado. Com um discurso fundamentado em cima do que poderiamos classificar de maximas, ou em uma liguagem mais filosofica de aforismas morais, não da para saber muito bem qual é o seu projeto politico.Até agora é um enigma para o observador dos projetos que estão em debate. A que governo e a qual oposição remete o seu projeto? A qualquer um ou a nenhum? Ainda que o seu partido nacionamente apoie a Dilma a coligação a que pertence o candidato no estado é um amplo e heterogeneo palanque que vai de Dilma a Marina passando por José Serra. Alem do que o candidato provavelmente por sua origem no poder judiciario acaba tendo uma postura de que por suas posições politcas pode se colocar acima dos partidos. Fica o enigma.
É bom lembrar que o mandato no senado tem a duração de oito anos e o eleito irá atravessar os proximos dois governos. Ainda que não possa ser muito claro para a grande massas de eleitores essa questão de saber em qual bancada ficara o candidato após a eleição é fundamental não só para governabilidade mas para a definição de pontos polemicos que certamente estarão na pauta do senado nesses proximos anos.

Manoel F V Motta.