Essas declarações de Freire a Karol Garcia e a nota de Antonio Carlos Maximo reforçam o que provavelmente deverá ser o caminho do PPS em MT. Com certeza vão estar no palanque de Serra e na provincia qualquer amor vale a pena. Até as convenções tem muito chão a ser percorrido.
Freire insiste em PPS junto com PSDB
Da Agência Pauta Pronta
Defensor da dobradinha “Serra-Aécio” para a disputa presidencial deste ano, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, afirmou em entrevista, via microblog Twitter, nesta quinta-feira que a tendência do PPS apoiar a candidatura do tucano Wilson Santos, prefeito de Cuiabá, na disputa ao Governo do Estado Mato Grosso tem crescido em função do apoio em âmbito nacional do PPS ao PSDB.
“Existe essa tendência, mas não creio que esteja decidida essa aliança com o Wilson Santos”, postou Freire quando questionado sobre linha a ser adotado pelos socialistas em Mato Grosso.
Atualmente existem duas correntes dentro do PPS, uma que defende Santos ou que prefere caminhar com Mauro Mendes, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso e pré-candidato pelo PSB. Inclusive, o presidente do PPS no Estado, deputado estadual Percival Muniz, foi quem praticamente lançou a candidatura de Mendes.
Por meio do Twitter, Freire é um dos que mais distribui o manifesto pela chapa Serra/Aécio, encabeçado pelo poeta Ferreira Gullar. Com isso, de acordo com Freire, será natural em Mato Grosso o apoio socialista ao tucano, caso se confirme a candidatura de Wilson Santos ao Governo do Estado, já que o prefeito de Cuiabá tem disputado espaço com o senador democrata Jayme Campos.
O manifesto enaltece sobremaneira os governadores de São Paulo e Minas Gerais, José Serra e Aécio neves, respectivamente, apontando que “nos cargos públicos que ocuparam, e ao longo dos anos, deram demonstração de competência, vocação pública e de compromisso com mudanças. Para dirigir o Brasil não precisam apresentar credenciais, já estão prontos, pois são o resultado do que tem de melhor a experiência política nacional nos últimos 20 anos”.
Ainda conforme o Manifesto, a chapa “também simbolizaria a união de dois grandes estados - São Paulo e Minas Gerais - para a construção de um novo pacto federativo, reclamado pelas regiões e demais estados brasileiros”.
Karol Garcia
sábado, 27 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Padrão Etico
"...fica em xeque o padrão ético de militantes de esquerda que desembarcaram em Brasília em 2003 para salvar o país."
Essa frase pinçada do editorial do jornal O Globo do dia 25/02/2010 expressa o que considero como a face mais perversa e cretina do pensamento consevador brasileiro. Nela está contida, quase que explicitamente, a ideia de que os militantes de esquerda formam um bloco homogeneo com um proposito politico tambem homogeneo. Impermeavel e consistente como uma rocha dura. Um bloco monolitico sem contradições. É verdade que parte significativa da esquerda participa de uma concepção messianica, salvacionista da sociedade. Será que existia mesmo essa expectativa de que um governo de esquerda poderia salvar o pais. Isso para alem da retorica e do entusiamo do momento da vitoria. Quem com um minimo de lucidez ousaria imaginar que um governo de esquerda seria formado por uma legião de homens e mulheres acima do bem e do mal, compondo um padrão etico que "salvasse" o pais. É melhor acreditar em contos de fada.
Essa frase pinçada do editorial do jornal O Globo do dia 25/02/2010 expressa o que considero como a face mais perversa e cretina do pensamento consevador brasileiro. Nela está contida, quase que explicitamente, a ideia de que os militantes de esquerda formam um bloco homogeneo com um proposito politico tambem homogeneo. Impermeavel e consistente como uma rocha dura. Um bloco monolitico sem contradições. É verdade que parte significativa da esquerda participa de uma concepção messianica, salvacionista da sociedade. Será que existia mesmo essa expectativa de que um governo de esquerda poderia salvar o pais. Isso para alem da retorica e do entusiamo do momento da vitoria. Quem com um minimo de lucidez ousaria imaginar que um governo de esquerda seria formado por uma legião de homens e mulheres acima do bem e do mal, compondo um padrão etico que "salvasse" o pais. É melhor acreditar em contos de fada.
Ciro vai disputar o governo de São Paulo
Por essas declarações reproduzidas abaixo é pouco provavel que Ciro não vá disputar o governo de São Paulo. O argumento de que sua candidatura pode ser uma exigencia do projeto nacional é simplesmente irretocavel. E não tenho duvida se de fato se consolidar essa aliança de 11 partidos ele terá tempo de televisão, militancia e apoio politico o suficiente para fazer um estrago na hegemonia eleitoral do PSDB paulista. Pode até ser que não seja eleito mas seguramente a disputa em São Paulo tomará um rumo imprevisivel.
Manoel F V Motta
Enviado por Severino Motta -
do blogdonoblat
24.2.2010
13h31m
Ciro admite desafio de disputar governo de SP
Da Reuters/Brasil Online, em O Globo:
O deputado Ciro Gomes (PSB) afirmou nesta quarta-feira, pela primeira vez de forma enfática, que poderá concorrer ao governo de São Paulo, apesar de manter sua disposição de disputar a Presidência da República.
"De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (de disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo, eu não titubearia em ir", afirmou Ciro a jornalistas.
Ele ponderou, no enquanto, que um cenário em que seja forçado a concorrer em São Paulo é "quase impossível" e um "exagero".
As declarações foram feitas após reunião com dirigentes de partidos da base aliada do governo convocada para discutir seu futuro político. Representantes de PT, PDT, PCdoB e do PSB paulista disseram a Ciro que uma aliança potencial de 11 legendas poderia sustentar sua eventual candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Manoel F V Motta
Enviado por Severino Motta -
do blogdonoblat
24.2.2010
13h31m
Ciro admite desafio de disputar governo de SP
Da Reuters/Brasil Online, em O Globo:
O deputado Ciro Gomes (PSB) afirmou nesta quarta-feira, pela primeira vez de forma enfática, que poderá concorrer ao governo de São Paulo, apesar de manter sua disposição de disputar a Presidência da República.
"De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (de disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo, eu não titubearia em ir", afirmou Ciro a jornalistas.
Ele ponderou, no enquanto, que um cenário em que seja forçado a concorrer em São Paulo é "quase impossível" e um "exagero".
As declarações foram feitas após reunião com dirigentes de partidos da base aliada do governo convocada para discutir seu futuro político. Representantes de PT, PDT, PCdoB e do PSB paulista disseram a Ciro que uma aliança potencial de 11 legendas poderia sustentar sua eventual candidatura ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Um discurso para a História
O discurso de Lula na comemoração dos trinta anos do Partido dos Trabalhadores merece tratamento de documento historico. Sua evolução e consolidação como liderança democratica e popular dessacraliza a organização do qual é um dos fundadores e faz avançar um projeto de governo que articula diferentes forças sociais e politicas.
Quem como eu viveu os anos da ditadura respeita e valoriza e muito sua passagem pelo governo
Do Blog do Noblat
Enviado por Severino Motta -
19.2.2010
22h26m
Lula: Quem quis acabar com PT, hoje está se acabando
Em seu discurso nesta noite, no 4° Congresso Nacional do PT, Lula lembrou os 30 anos do partido e disse que em momento como o de 2005, quando estourou a crise do mensalão, muitos tentaram acabar com a sigla, mas, hoje, são os críticos que estão se acabando.
“Até compreendo o ódio de alguns que tem do PT. Diziam: Vamos acabar com essa raça, com esse bando. E aqueles que queriam acabar estão quase acabando”, disse Lula, acrescentando que ninguém acaba com um partido que “fincou raízes indestrutíveis no Brasil”.
Durante o discurso, Lula ainda brincou com os militantes petistas e disse que hoje não iria falar sobre a ministra Dilma Rousseff. O ato está reservado para amanhã quando sua missão é “convencer [os petistas] que Dilma é a candidata”.
Em cerca de 20 minutos de fala, Lula também pregou a política de alianças. Lembrou das derrotas que teve e destacou que só venceu eleição quando o partido montou um amplo leque, mesmo com a reclamação de correntes internas.
“Lembro quando tentaram vaiar o José Alencar, hoje é nosso herói nacional”.
O presidente também disse que essa luta das correntes internas do partido foi o que permitiu seu crescimento. E que essa fórmula deve ser exportada para partidos de esquerda ao redor do mundo.
Mundo, alias, que deve ser seu objetivo ao sair da presidência. O líder petista quer, a partir de 2011, trabalhar pela integração da América Latina e da América do Sul ao continente africano.
Segundo ele, é preciso que dirigentes sindicais e presidentes de partido intensifiquem o contato com líderes de outros países. Somente com a integração, disse, será possível enfrentar os problemas sociais e de infra-estrutura que barram o desenvolvimento.
Quem como eu viveu os anos da ditadura respeita e valoriza e muito sua passagem pelo governo
Do Blog do Noblat
Enviado por Severino Motta -
19.2.2010
22h26m
Lula: Quem quis acabar com PT, hoje está se acabando
Em seu discurso nesta noite, no 4° Congresso Nacional do PT, Lula lembrou os 30 anos do partido e disse que em momento como o de 2005, quando estourou a crise do mensalão, muitos tentaram acabar com a sigla, mas, hoje, são os críticos que estão se acabando.
“Até compreendo o ódio de alguns que tem do PT. Diziam: Vamos acabar com essa raça, com esse bando. E aqueles que queriam acabar estão quase acabando”, disse Lula, acrescentando que ninguém acaba com um partido que “fincou raízes indestrutíveis no Brasil”.
Durante o discurso, Lula ainda brincou com os militantes petistas e disse que hoje não iria falar sobre a ministra Dilma Rousseff. O ato está reservado para amanhã quando sua missão é “convencer [os petistas] que Dilma é a candidata”.
Em cerca de 20 minutos de fala, Lula também pregou a política de alianças. Lembrou das derrotas que teve e destacou que só venceu eleição quando o partido montou um amplo leque, mesmo com a reclamação de correntes internas.
“Lembro quando tentaram vaiar o José Alencar, hoje é nosso herói nacional”.
O presidente também disse que essa luta das correntes internas do partido foi o que permitiu seu crescimento. E que essa fórmula deve ser exportada para partidos de esquerda ao redor do mundo.
Mundo, alias, que deve ser seu objetivo ao sair da presidência. O líder petista quer, a partir de 2011, trabalhar pela integração da América Latina e da América do Sul ao continente africano.
Segundo ele, é preciso que dirigentes sindicais e presidentes de partido intensifiquem o contato com líderes de outros países. Somente com a integração, disse, será possível enfrentar os problemas sociais e de infra-estrutura que barram o desenvolvimento.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O Comparável e o Incomparável
O sociologo Marcos Coimbra vem sem duvida fazendo as melhores analises politicas das pesquisas das eleições de 2010. Sua interpretação do desenho da disputa feita seguindo os movimentos dos seus principais atores é quase incontestavel. Nele o papel de Lula é posto com uma clareza impressionate. Vale a pena seguir o que ele vem escrevendo.
Manoel F V Motta
deu no correio braziliense
O comparável e o incomparável
De Marcos Coimbra:
Alguém imagina que Lula quer fazer, na eleição deste ano, uma guerra com Fernando Henrique em torno de números sobre o desempenho de seu governo? Que o plebiscito que persegue há tanto tempo consiste nisso, uma batalha de estatísticas de performance governamental?
Quem acha que é isso que Lula quer, se engana. Não é essa a eleição para a qual ele se prepara desde o fim de 2007, quando sua popularidade cresceu ao ponto de tornar possível que não só escolhesse sozinho quem representaria o governo na eleição, como que sua indicada tivesse boa chance de vitória.
O plebiscito que ele imaginou para vencer um candidato tão forte quanto José Serra é diferente. Nele, pode ser até necessário passar pela comparação do que fizeram os dois governos, área por área, política por política. Mas sem permanecer nesse plano, de resultados objetivos cotejados com resultados objetivos.
Lula, amplo conhecedor do eleitor brasileiro (não fosse ele calejado por oito experiências de buscar seu voto, contando apenas as candidaturas presidenciais, nos dois turnos que disputou), sabe que é ínfima a proporção de pessoas que escolhem assim seu candidato. Aliás, não é pequena apenas no Brasil, mas no mundo inteiro (países desenvolvidos incluídos), a parcela do eleitorado que opta em função de cálculos desse tipo.
Em primeiro lugar, é sempre pequena a fatia da população que se interessa por questões político-administrativas. Ainda menor é a que compreende estatísticas e raciocínios cheios de números, porcentagens e coisas do gênero. Um discurso sobre o tema, recheado com elas, entedia até o eleitor escandinavo.
Em segundo, o cidadão comum olha com cautela todo número que não entende bem. Nem que seja intuitivamente, sabe que as estatísticas podem dizer qualquer coisa, dependendo de quem as apresenta. Não há prefeitura, governo de estado ou administração federal que não desfile seus números para provar que faz tudo certo, assim como não há oposição que não exiba os dela para demonstrar o inverso.
Como o eleitor não confia inteiramente em ninguém e não tem elementos próprios para saber de que lado está a verdade, prefere, na maior parte das vezes, ignorar o bombardeio que sofre. Os números entram por um ouvido e saem por outro.
Mas o mais importante é que os eleitores que se interessam por essas comparações e que têm os requisitos de informação para compreendê-las são os que menos estão disponíveis para o proselitismo dos candidatos.
Eles costumam ser mais politizados, mais bem informados e mais posicionados em termos partidários e ideológicos. Por isso, costumam se definir eleitoralmente mais cedo e tendem a permanecer indiferentes ao discurso dos candidatos ao longo da campanha, pois já resolveram o que vão fazer.
Hoje, há lulistas e antilulistas entre essas pessoas e, se existe, uma minoria insignificante de eleitores “neutros” e disponíveis para a argumentação puramente racional. Seu impacto na eleição é irrelevante.
Na verdade, o plebiscito de Lula nunca foi em favor de si mesmo ou de Dilma. Nem, a rigor, contra Fernando Henrique. É apenas contra Serra.
O presidente sempre soube, ouvindo as pessoas, usando seu instinto, lendo as pesquisas, que a grande maioria do eleitorado está satisfeita com o governo e quer a continuidade.
Também sabe que Dilma não está em discussão por si mesma e que a imagem do ex-presidente vem piorando com a passagem do tempo. Só por isso pensou fazer um plebiscito em que o governador fica como representante de FHC e ela dele.
Nesse embate, importa pouco (ou nada) qual foi o governo que fez mais isso ou aquilo. Qual asfaltou mais, construiu mais, educou mais e assim por diante. Lula já ganhou o plebiscito com Fernando Henrique. O que ele apenas quer agora é que os eleitores estendam a Serra o julgamento que fizeram de FHC.
Não é por outra razão que Serra não quer nem saber do assunto. Comparar (para defender) Fernando Henrique contra Lula não é com ele.
Manoel F V Motta
deu no correio braziliense
O comparável e o incomparável
De Marcos Coimbra:
Alguém imagina que Lula quer fazer, na eleição deste ano, uma guerra com Fernando Henrique em torno de números sobre o desempenho de seu governo? Que o plebiscito que persegue há tanto tempo consiste nisso, uma batalha de estatísticas de performance governamental?
Quem acha que é isso que Lula quer, se engana. Não é essa a eleição para a qual ele se prepara desde o fim de 2007, quando sua popularidade cresceu ao ponto de tornar possível que não só escolhesse sozinho quem representaria o governo na eleição, como que sua indicada tivesse boa chance de vitória.
O plebiscito que ele imaginou para vencer um candidato tão forte quanto José Serra é diferente. Nele, pode ser até necessário passar pela comparação do que fizeram os dois governos, área por área, política por política. Mas sem permanecer nesse plano, de resultados objetivos cotejados com resultados objetivos.
Lula, amplo conhecedor do eleitor brasileiro (não fosse ele calejado por oito experiências de buscar seu voto, contando apenas as candidaturas presidenciais, nos dois turnos que disputou), sabe que é ínfima a proporção de pessoas que escolhem assim seu candidato. Aliás, não é pequena apenas no Brasil, mas no mundo inteiro (países desenvolvidos incluídos), a parcela do eleitorado que opta em função de cálculos desse tipo.
Em primeiro lugar, é sempre pequena a fatia da população que se interessa por questões político-administrativas. Ainda menor é a que compreende estatísticas e raciocínios cheios de números, porcentagens e coisas do gênero. Um discurso sobre o tema, recheado com elas, entedia até o eleitor escandinavo.
Em segundo, o cidadão comum olha com cautela todo número que não entende bem. Nem que seja intuitivamente, sabe que as estatísticas podem dizer qualquer coisa, dependendo de quem as apresenta. Não há prefeitura, governo de estado ou administração federal que não desfile seus números para provar que faz tudo certo, assim como não há oposição que não exiba os dela para demonstrar o inverso.
Como o eleitor não confia inteiramente em ninguém e não tem elementos próprios para saber de que lado está a verdade, prefere, na maior parte das vezes, ignorar o bombardeio que sofre. Os números entram por um ouvido e saem por outro.
Mas o mais importante é que os eleitores que se interessam por essas comparações e que têm os requisitos de informação para compreendê-las são os que menos estão disponíveis para o proselitismo dos candidatos.
Eles costumam ser mais politizados, mais bem informados e mais posicionados em termos partidários e ideológicos. Por isso, costumam se definir eleitoralmente mais cedo e tendem a permanecer indiferentes ao discurso dos candidatos ao longo da campanha, pois já resolveram o que vão fazer.
Hoje, há lulistas e antilulistas entre essas pessoas e, se existe, uma minoria insignificante de eleitores “neutros” e disponíveis para a argumentação puramente racional. Seu impacto na eleição é irrelevante.
Na verdade, o plebiscito de Lula nunca foi em favor de si mesmo ou de Dilma. Nem, a rigor, contra Fernando Henrique. É apenas contra Serra.
O presidente sempre soube, ouvindo as pessoas, usando seu instinto, lendo as pesquisas, que a grande maioria do eleitorado está satisfeita com o governo e quer a continuidade.
Também sabe que Dilma não está em discussão por si mesma e que a imagem do ex-presidente vem piorando com a passagem do tempo. Só por isso pensou fazer um plebiscito em que o governador fica como representante de FHC e ela dele.
Nesse embate, importa pouco (ou nada) qual foi o governo que fez mais isso ou aquilo. Qual asfaltou mais, construiu mais, educou mais e assim por diante. Lula já ganhou o plebiscito com Fernando Henrique. O que ele apenas quer agora é que os eleitores estendam a Serra o julgamento que fizeram de FHC.
Não é por outra razão que Serra não quer nem saber do assunto. Comparar (para defender) Fernando Henrique contra Lula não é com ele.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Implicações políticas de fragilidades econômicas
Fatos como o que esta envolvendo o vereador por Cuiabá, Toto Cesar, acusado por uma ex-companheira de receber irregularmente durante anos os benefícios do programa bolsa família, mostra como fragilidades econômicas fragilizam politicamente lideranças populares. É pena ver lideranças populares, como ele, fragilizadas por uns trocados de uma bolsa família. Ainda que tenha consciência de que do lugar econômico e social de onde vêm os trocados de uma bolsa família fazem diferença.
E aqui não vem muito ao caso saber se ele foi beneficiado ou não. É a justiça quem esta habilitada para isso e não quero desempenhar esse papel. Não cabe aqui julgar se ele recebeu ou não os benefícios. A minha analise do fato é política e não tenho duvida o estrago político já está feito. E esse é um estrago que não atinge apenas individualmente o vereador, mas as lideranças populares que trilham análogos ao seu.
Eleito primeiro suplente pelo PRTB assumiu o mandato como vereador na Câmara de Cuiabá por força da cassação do vereador Ralf Leite de seu partido. Até então o parlamentar sobrevivia como milhões de trabalhadores desse país à custa de um salário mínimo. É evidente que essa condição não justifica possíveis transgressões por parte de quem quer que seja. Muito menos de quem recebeu um mandato popular.
Sua trajetória política é semelhante ao de milhares de lideranças populares desse país. Inteligentes, quase sempre com habilidades artísticas, se destacam pela sua capacidade de se articular não só com sua comunidade, mas com setores mais amplos da sociedade. Esse tipo de perfil acaba quase que naturalmente desaguando na política. Para o bem ou para mal. É o caso do vereador Toto Cezar.
Sua eleição sendo parte de certa cultura política que ainda insiste em afirmar que vota na pessoa independente do partido, que vota seduzida por comportamentos inusitados (no caso de Toto Cezar em sua campanha andando de bicicleta) e por convincentes apelos morais. Com isso a cada eleição elegendo uma ou outra liderança com características muito semelhante as suas.
Esse entendimento despolitizado do voto acaba levando ao parlamento personalidades que vão servir interesses na maioria das vezes completamente descoladas dos interesses populares. Comprometidos com projetos políticos dos quais quase sempre está na contramão de quem os elegeu.
Cuiabano nascido nos anos setenta sua história pessoal confunde-se com a história das grandes transformações pela qual passou sua cidade. São jovens como ele que fundam aquilo que se costuma chamar a periferia das metrópoles. As dificuldades sociais e econômicas que enfrentaram não se distinguido das de qualquer outro jovem da periferia das grandes metrópoles brasileiras. É muito provável que ele tenha tido dificuldades em seu processo de escolarização, de empregabilidade e pra variar foi precocemente pai de uma criança.
Fragilidades econômicas que implicam em fragilidades políticas como esta envolvendo o vereador não contribui para o empoderamento político dos trabalhadores. O jovem trabalhador que deu seu voto para o Toto Cezar, e não importa a razão por que votou, e toma conhecimento das acusações que lhe estão sendo atribuídas passa a ter uma imagem na melhor das hipóteses muito negativa da liderança popular que conquistou um mandato no parlamento municipal.
Episódios como o protagonizado pelo vereador não colaboram para a formação de uma consciência política voltadas para os interesses do lugar social de onde saem essas lideranças. Lamento mas lamento mesmo o imbróglio em que está metido. Assistir esse processo de fragilidade política de uma jovem liderança popular nascida da dinâmica social da periferia é do ponto de vista político e pedagógico um momento de negação da educação política da juventude da periferia. O que esta acontecendo com Toto Cezar é ruim para o movimento social, é ruim para a democracia
E aqui não vem muito ao caso saber se ele foi beneficiado ou não. É a justiça quem esta habilitada para isso e não quero desempenhar esse papel. Não cabe aqui julgar se ele recebeu ou não os benefícios. A minha analise do fato é política e não tenho duvida o estrago político já está feito. E esse é um estrago que não atinge apenas individualmente o vereador, mas as lideranças populares que trilham análogos ao seu.
Eleito primeiro suplente pelo PRTB assumiu o mandato como vereador na Câmara de Cuiabá por força da cassação do vereador Ralf Leite de seu partido. Até então o parlamentar sobrevivia como milhões de trabalhadores desse país à custa de um salário mínimo. É evidente que essa condição não justifica possíveis transgressões por parte de quem quer que seja. Muito menos de quem recebeu um mandato popular.
Sua trajetória política é semelhante ao de milhares de lideranças populares desse país. Inteligentes, quase sempre com habilidades artísticas, se destacam pela sua capacidade de se articular não só com sua comunidade, mas com setores mais amplos da sociedade. Esse tipo de perfil acaba quase que naturalmente desaguando na política. Para o bem ou para mal. É o caso do vereador Toto Cezar.
Sua eleição sendo parte de certa cultura política que ainda insiste em afirmar que vota na pessoa independente do partido, que vota seduzida por comportamentos inusitados (no caso de Toto Cezar em sua campanha andando de bicicleta) e por convincentes apelos morais. Com isso a cada eleição elegendo uma ou outra liderança com características muito semelhante as suas.
Esse entendimento despolitizado do voto acaba levando ao parlamento personalidades que vão servir interesses na maioria das vezes completamente descoladas dos interesses populares. Comprometidos com projetos políticos dos quais quase sempre está na contramão de quem os elegeu.
Cuiabano nascido nos anos setenta sua história pessoal confunde-se com a história das grandes transformações pela qual passou sua cidade. São jovens como ele que fundam aquilo que se costuma chamar a periferia das metrópoles. As dificuldades sociais e econômicas que enfrentaram não se distinguido das de qualquer outro jovem da periferia das grandes metrópoles brasileiras. É muito provável que ele tenha tido dificuldades em seu processo de escolarização, de empregabilidade e pra variar foi precocemente pai de uma criança.
Fragilidades econômicas que implicam em fragilidades políticas como esta envolvendo o vereador não contribui para o empoderamento político dos trabalhadores. O jovem trabalhador que deu seu voto para o Toto Cezar, e não importa a razão por que votou, e toma conhecimento das acusações que lhe estão sendo atribuídas passa a ter uma imagem na melhor das hipóteses muito negativa da liderança popular que conquistou um mandato no parlamento municipal.
Episódios como o protagonizado pelo vereador não colaboram para a formação de uma consciência política voltadas para os interesses do lugar social de onde saem essas lideranças. Lamento mas lamento mesmo o imbróglio em que está metido. Assistir esse processo de fragilidade política de uma jovem liderança popular nascida da dinâmica social da periferia é do ponto de vista político e pedagógico um momento de negação da educação política da juventude da periferia. O que esta acontecendo com Toto Cezar é ruim para o movimento social, é ruim para a democracia
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Serra faz campanha no Galo da Madrugada
O processo eleitoral é implacavel com os candidatos. Para ser visto por milhões de pessoas o candidato tem que se submeter a situações nada confortaveis. Participar do Galo da madrugada o bloco que abre o carnaval de Recife é uma delas. Refem de marqueteiros o candidato se presta a encenar as mais inusitadas caras e bocas. Passear no meio da multidão e tirar foto com a bandeira de Pernambuco no calor escaldante do verão pernambucano é pra la de mico. O pior e o inusitado nisso tudo é que a estrela por aqui é Dilma, confortavelmente sentada ao lado do governador de Pernambuco Eduardo Campos. Acertada a aliança com o governador os votos aqui são dela. Provavelmente esse breve factoide não mudará em nada o desempenho eleitoral de Serra em Pernambuco
MFVMotta
Serra passa no teste do Galo da Madrugada
Do blog do Jamildo:
O tucano andou sob um sol escaldante, ao som de uma apropriada música de Almir Rouche, no meio da multidão do Galo da Madrugada, por cerca de meia hora.
Uma ou outra pessoa perdida gritava que era Lula ou Dilma, mas nada que tivesse criado constrangimento ao presidenciável tucano.
Momentos antes, o senador Sérgio Guerra brincava com a iniciativa, quando perguntado sobre os próximos passos da campanha. “Vamos descer lá embaixo, andar no meio do povo. Esses são os próximos passos”.
No palanque, a passagem do político causou uma pequena confusão, com a profusão de repórteres e cinegrafistas, na sua escolta.
Levado pelo marqueteiro Antônio Lavareda, Serra subiu numa passarela sob a avenida e pousou para fotos com um chapéu com a bandeira de Pernambuco.
No meio de uma grande confusão, ainda deu para ouvir o governador de São Paulo dizer que a sua visita não tinha conotação política e que ele estava achando muito gostoso ver a manifestação popular.
“Se fosse campanha, eu estaria pedindo votos”, afirmou.
MFVMotta
Serra passa no teste do Galo da Madrugada
Do blog do Jamildo:
O tucano andou sob um sol escaldante, ao som de uma apropriada música de Almir Rouche, no meio da multidão do Galo da Madrugada, por cerca de meia hora.
Uma ou outra pessoa perdida gritava que era Lula ou Dilma, mas nada que tivesse criado constrangimento ao presidenciável tucano.
Momentos antes, o senador Sérgio Guerra brincava com a iniciativa, quando perguntado sobre os próximos passos da campanha. “Vamos descer lá embaixo, andar no meio do povo. Esses são os próximos passos”.
No palanque, a passagem do político causou uma pequena confusão, com a profusão de repórteres e cinegrafistas, na sua escolta.
Levado pelo marqueteiro Antônio Lavareda, Serra subiu numa passarela sob a avenida e pousou para fotos com um chapéu com a bandeira de Pernambuco.
No meio de uma grande confusão, ainda deu para ouvir o governador de São Paulo dizer que a sua visita não tinha conotação política e que ele estava achando muito gostoso ver a manifestação popular.
“Se fosse campanha, eu estaria pedindo votos”, afirmou.
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