sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes: as dificuldades das parcerias politicas com o PT

Lidar com seus parceiros sempre foi uma das maiores dificuldades do PT . Provavelmente devido a influencia exercida por uma de suas matrizes sociais e politicas: o pensamento social catolico pós vaticano segundo. A politica foi revestida de uma dimensão moral que fazia com o militante do PT se considerasse acima do bem e do mal. Essa postura é muito boa quando o adversario está fora do campo democratico. Foi o caso dos quadros da ditadura em seu ocaso. E quando o adversario está no campo democratico tenta-se empurra-lo para fora dele. Exemplo disso foi a palavra de ordem contra Arraes - "Pinochet de Pernambuco". Leviana e arrogante. Oito anos de um projeto bem sucedido de governo mostra o quanto os parceiros são fundamentais. Ciro tem razão, o projeto para ter continuidade é necessario parcerias solidas, negociadas. A adesão não pode ser automatica.

MFVMotta

Deu no blog do Noblat

Do blog do Jamildo:
O presidenciável Ciro Gomes disse agora há pouco, no Recife, depois de encontro com o governador Eduardo Campos, presidente do PSB, que o diferencial dele em relação à ministra Dilma é que ele é mais experiente do que a mãe do PAC.
"Isto se deve a minha experiência municipal, estadual e nacional e a circusntâncias políticas, mas não quer dizer que eu seja melhor do que ela".
Ciro também disse que apreendeu com os erros que cometeu e que esses erros fazem parte de uma experiência que Dilma não tem, numa referência à falta de experiência da ministra em eleições majoritárias.
Na entrevista que concedeu agora há pouco, Ciro Gomes afagou Lula, mas aproveitou os holofotes para bater no PT, mesmo que de forma dissimulada.
"O PT tem alguns cacoetes. Como a vocação hegemônica e a lógica de esmagar toda as forças a ele assemelhadas. Arraes e Brizola já experimentaram isto".
No Estado de Pernambuco, em 1989, os petistas chamavam o exgovernador Miguel Arraes de Pinochet de Pernambuco. Hoje, são aliados do neto no atual governo Eduardo.
"Mas isto não quer dizer que não sejamos parceiros. E parceiro não é aquele que diz amém"
Em outra farpa contra o PT de Lula, o ex-ministro da Integração Nacional disse que os aliados não são bem tratados.
"O PT está acostumado a tratar os seus parceiros como bucha de canhão. O PC do B é um exemplo. O partido é feito de gato, rato e sapato e hoje não tem direito de influenciar em nada. Queriam muito fazer isto com o PSB, mas Arraes nunca deixou. Queriam fazer com o PDT, mas o Brizola também nunca deixou."
"O PSB tem moral e independência para dizer o que é bom e ruim neste governo, sem que Ciro ninguém nos confunda com banda fisiológica, clientelista, adesista que está no governo, fruto do êxito do presidente Lula".
"E ninguém nos confundirá", acredita.

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